Fiscais do Ibama, policiais
militares e índios foram alvos de tiros disparados neste domingo por
madeireiros na Terra Indígena Alto Rio Guamá, nas imediações do município de
Paragominas, no Pará, enquanto faziam a medição de madeira apreendida na área.
O ataque foi divulgado pelo Ministério Público Federal paraense, que pediu
reforço policial urgente e alertou a Polícia Federal, a Funai (Fundação
Nacional do Índio) e a Secretaria de Segurança Pública do Pará.
De acordo com o MPF, não há notícia de feridos, mas um índio e dois policiais
estariam perdidos na mata, sem contato. Segundo nota divulgada pelo Ministério
Público, a equipe que avaliava o volume de madeira apreendida teria sido
surpreendida por madeireiros, que atiraram contra o grupo.
“Há relatos de que os
agentes foram rendidos e se encontram perdidos no local. A Funai informou, ao
telefone, que os madeireiros retiveram as armas dos agentes. Um indígena está
perdido. Solicito, com urgência, o apoio desse Batalhão, para conter os
conflitos, resguardar a integridade das pessoas envolvidas e assegurar a
madeira derrubada”, escreveu o procurador da República Gustavo Henrique
Oliveira, de Paragominas, em ofício enviado ao Batalhão de Polícia Ambiental do
Pará, conforme a nota.
Em ofício à PF, ele relatou: “Ressalto que os fiscais do Ibama e os policiais
do BPA foram rendidos no local. Houve negociação para que fossem soltos. Porém,
há relatos de que dois policiais continuam na Terra Indígena, perdidos.”
O MPF informou que o ataque teria ocorrido no município de Nova Esperança do
Piriá, na divisa com Paragominas, num local de difícil acesso. Segundo a nota,
há informações de que os madeireiros teriam se apossado das armas dos fiscais e
dos policiais. O Ministério Público diz que a madeira foi apreendida no ano
passado, depois de extraída ilegalmente da terra indígena, mas só agora o Ibama
pôde fazer a medição para posterior retirada.
Fonte: Com informações do
MPF/PA