Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais (Ibama) alertam para o fato de que, nos primeiros quatro dias
deste mês, o Estado perdeu 57,44 quilômetros quadrados de florestas.
No caso do Pará, é preciso atenção redobrada,
segundo especialistas, apesar de os dados do governo federal indicarem redução
do desmatamento na Amazônia. As informações sobre a derrubada da floresta são
do sistema de detecção de desmatamento em tempo real, conhecido como Deter, do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com as informações do Deter, a derrubada
de árvores em todo o Estado já corresponde a uma área de quase 6 mil campos de
futebol. A Associação dos Servidores do Ibama no Pará (AsIbama-PA) destaca, em
nota, que “o aumento significativo nos desmates está relacionado à falta de
fiscalização”. Há quase dois meses, os fiscais e outros funcionários do órgão
estão em greve.
“Das quatro operações planejadas pelo Ibama para
ocorrer em julho, nenhuma foi executada, pela adesão ao estado de greve. Com
isso, os desmatamentos indicados pelo Deter deixaram de ser constatados,
multados e embargados”, destaca a associação.
Pelas contas da associação, em menos de 30 dias,
foi registrado crescimento de 245% no índice de desflorestamento. Enquanto a
taxa registrada pelos servidores, em junho, era de 37,95 quilômetros quadrados
de devastação, no mês seguinte o índice chegou a 92,98 quilômetros quadrados.
Fonte: DiarioNet