terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ministro ameaça policias federais e servidores administrativos da PF fazem fogueira em frente ao Palácio do Planalto


O ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, orientou o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, a cortar o ponto dos agentes da PF que participaram ontem (20) da chamada "operação sem padrão".

O protesto consistiu na ida de agentes a postos de fronteira e aeroportos e se amarrarem em pilastras, chão e bancos.

No memorando, Cardozo determina que o chefe da PF entregue um relatório com a "verificação dos servidores que efetivamente não prestaram serviço nos dias de hoje [ontem] em decorrência de paralisação ou greve, para fins de anotação administrativa das respectivas ausências".

Ele pede ainda que as chefias nos Estados adotem "rigorosamente o mesmo procedimento" em casos semelhantes. Cardozo também determina que os órgãos de corregedoria internos apurem "atos ilícitos e/ou infrações funcionais praticados por servidores".

A operação dos agentes da PF recebeu esse nome diante da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de proibir a operação-padrão, que consistia na verificação de todos os procedimentos de seguranças nos postos de atuação da PF.

A Federação da categoria diz que a categoria está sem aumento desde 2006 e que o salário inicial, de R$ 7.200, ficou defasado. A categoria quer aumento para R$ 13 mil em cinco anos, equiparando-se a auditores da Receita e agentes da Abin.

Os policiais também dizem que falta efetivo para controlar fronteiras e aeroportos e pedem a substituição do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, por alguém que não seja da corporação.
Ontem a Polícia Rodoviária Federal começou sua greve, somando-se a PF e outros órgãos do funcionalismo que já estão em greve.

Nesta terça, 21 de agosto, os servidores administrativos do órgão prometem protestos em todo o país. Entre as ações definidas, está a queima dos termos de acordo firmados com o governo, que será feita às 16h00, em frente ao Palácio do Planalto.

Os documentos assinados entre o sindicato da categoria (SINPECPF) e o governo estipulavam prazos para a reestruturação da carreira administrativa da PF. Contudo, esses prazos não foram cumpridos pelo governo.

*Com informações da Folha e do Sinpecpf
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