O
ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, orientou o diretor-geral da Polícia
Federal, Leandro Daiello, a cortar o ponto dos agentes da PF que participaram
ontem (20) da chamada "operação sem padrão".
O
protesto consistiu na ida de agentes a postos de fronteira e aeroportos e se
amarrarem em pilastras, chão e bancos.
No
memorando, Cardozo determina que o chefe da PF entregue um relatório com a
"verificação dos servidores que efetivamente não prestaram serviço nos
dias de hoje [ontem] em decorrência de paralisação ou greve, para fins de
anotação administrativa das respectivas ausências".
Ele
pede ainda que as chefias nos Estados adotem "rigorosamente o mesmo
procedimento" em casos semelhantes. Cardozo também determina que os órgãos
de corregedoria internos apurem "atos ilícitos e/ou infrações funcionais
praticados por servidores".
A
operação dos agentes da PF recebeu esse nome diante da decisão do STJ (Superior
Tribunal de Justiça) de proibir a
operação-padrão, que consistia na verificação de todos os procedimentos de
seguranças nos postos de atuação da PF.
A
Federação da categoria diz que a categoria está sem aumento desde 2006 e que o
salário inicial, de R$ 7.200, ficou defasado. A categoria quer aumento para R$
13 mil em cinco anos, equiparando-se a auditores da Receita e agentes da Abin.
Os
policiais também dizem que falta efetivo para controlar fronteiras e aeroportos
e pedem a substituição do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, por alguém que
não seja da corporação.
Ontem
a Polícia Rodoviária Federal começou sua greve, somando-se a PF e outros órgãos
do funcionalismo que já estão em greve.
Nesta
terça, 21 de agosto, os servidores administrativos do órgão prometem protestos
em todo o país. Entre as ações definidas, está a queima dos termos de acordo
firmados com o governo, que será feita às 16h00, em frente ao Palácio do
Planalto.
Os documentos assinados entre o sindicato da categoria (SINPECPF) e o governo estipulavam prazos para a reestruturação da carreira administrativa da PF. Contudo, esses prazos não foram cumpridos pelo governo.
Os documentos assinados entre o sindicato da categoria (SINPECPF) e o governo estipulavam prazos para a reestruturação da carreira administrativa da PF. Contudo, esses prazos não foram cumpridos pelo governo.
*Com
informações da Folha e do Sinpecpf