O Ministério do Planejamento
confirmou à Condsef nesta sexta-feira a realização de duas reuniões na terça,
14. A primeira acontecerá às 10 horas e vai ter como tema a Lei 12.277/10 que
criou tabela salarial diferenciada para cinco cargos de nível superior do
Executivo (Estatístico, Engenheiro, Geólogo, Economista, Arquiteto). Desde
então, os servidores lutam pela equiparação da tabela para os demais cargos de
nível superior e mesmo percentual de reajuste para os níveis intermediário e
auxiliar. Pelo menos 18 categorias da base da Condsef tem interesse direto
nessa discussão. A segunda reunião está prevista para as 14 horas e vai tratar
demandas dos servidores do Incra e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Os servidores da Área Agrária se somam às mais de 26 categorias da base da
Condsef em greve em 25 estados e no Distrito Federal. Segundo o Planejamento
outros encontros serão confirmados ao longo da próxima semana considerada
decisiva. Para aguardar as respostas do governo, entre os dias 13 e 17, servidores
de todo o Brasil vão reeditar o “Acampamento da Greve”.
O objetivo é promover
vigílias constantes e pressionar o governo em busca do atendimento das demandas
mais urgentes do funcionalismo. Na quarta, 15, os servidores protagonizam mais
uma grande marcha na Esplanada dos Ministérios. Todas as atividades e os
esforços seguem sendo feitos na expectativa de que o governo traga para a
negociação uma proposta capaz de atender as reivindicações do conjunto dos
federais. Para isso a mobilização deve ser reforçada e a pressão da categoria
por respostas do governo às principais reivindicações do setor público deve ser
intensificada.
Governo
é denunciado na OIT
Nesta quinta, 9, todas as
entidades representativas dos servidores federais se uniram para formalizar uma
denúncia na OIT (Organização Internacional do Trabalho) contra as práticas
antissindicais do governo Dilma. Confira aqui o documento.
Os servidores reclamam do
tratamento dado pelo governo durante a greve legítima do setor. Ao invés de
negociar e buscar o diálogo, apresentando uma proposta que possa por fim aos
conflitos instalados, o governo tem tentado derrotar o movimento determinando
corte de ponto e até autorizando a substituição de servidores que lutam por
melhores condições de trabalho. Este é o caso do Decreto 7.777/12, considerado
pelos servidores com inconstitucional.
Também na semana passada, a Condsef e outras
entidades entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no
Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto que permite a substituição de
servidores grevistas (confira aqui a ação).
A orientação da Condsef e do
Comando Nacional de Greve continua sendo o de reforçar a mobilização e a greve
nos estados
Fonte: Condsef