Não são só os servidores
efetivos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária que andam nada
satisfeitos e avaliam como desastrosa a condução do processo negocial de greve
pelo presidente da autarquia, Carlos Guedes de Guedes.
Nesta quinta-feira, a
Comissão de Concursados e não nomeados divulgou uma carta aberta direcionada ao
presidente do Incra, parlamentares, movimentos sociais e sociedade em geral repudiando
o que os concursados chamam de “Postergação da Nomeação dos Candidatos
Aprovados no Concurso INCRA/2010”.
Após uma longo processo
judicial, o concurso realizado pelo Incra em 2010 encontra-se homologado e
todos os aprovados em condições de serem chamados, mas das 550 vagas oferecidas,
apenas 150 dos aprovados foram convocados.
A Comissão dos Concursados
teria recebido a informação do Ministério do Planejamento de que as nomeações só
voltarão a ocorrer no ano de 2013 e esta decisão teria partido da presidência
do Incra.
“Senhor Presidente, são 624
cargos vagos de imediato, são 1470 cargos que irão vagar até o final deste ano
de 2012, essa comissão presume que vossa senhoria tem plenas convicções de que
o INCRA e a reforma agrária pode esperar, que pode andar sem os servidores, ou
presume, pura e simplesmente, que vossa senhoria, ao contribuir para o
desaparelhamento do órgão, age de má fé para com a efetiva implantação da
reforma agrária.”, diz trecho do documento.
Em outra passagem dura, é
afirmado: “As ações tomadas pela
atual gestão de Vossa senhoria estão totalmente contrárias a plena efetivação
da reforma agrária, pois, nós, a comissão, presumimos que toda a sociedade, os
movimentos sociais, os trabalhadores do campo, todos com um mínimo de bom senso,
entende que um órgão sem servidores não poderá chamais cumprir suas metas, seus
objetivos e nem muito menos sua finalidade principal, no caso a reforma
agrária.
A carta
pode ser lida e baixada na íntegra AQUI.