Por
Osvaldo Coggiola*
Na greve do funcionalismo público federal (Andes, Fasubra,
Sinasefe, principalmente) se concentram todas as contradições da política
brasileira. Em inícios de agosto, até os servidores (funcionários) da Polícia
Federal votaram sua entrada em greve. A oferta de “reajustes” salariais do
governo Dilma não cobre sequer as perdas dos anos em que os salários
permaneceram congelados, sem falar na destruição da carreira funcional. Uma vez
descontada a inflação, mesmo usando índices modestos e otimistas, os reajustes
médios propostos pelo governo até 2015 variam entre 0,36% e 5,52% negativos. A
“economia de caixa” que o governo pretende com o arrocho salarial federal está
a serviço de uma política de subsídios ao grande capital. Não se trata apenas
do pagamento da dívida pública, que compromete cerca de 50% do orçamento da
União, mas também, entre outras coisas, da utilização do endividamento público
para repasse direto de recursos a empresas privadas, subsidiadas pelo BNDES
(que acaba de comemorar o destino do montante de R$ 342 milhões a um dos
maiores conglomerados industriais do mundo - a Volkswagen).
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todo o artigo publicado originalmente na revista Caros Amigos clicando AQUI.