Proifes, o braço do governo entre os professores em greve. |
Assinado pelo Secretário de
Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Henrique Pessoa Lins, e
enviado para os reitores de universidades federais, um ofício do MEC de 03 de
agosto de 2012 afirma que foram encerradas as negociações com a representação
sindical dos docentes que estão em greve em praticamente todas as instituições de ensino federal do país.
O documento afirma que os
professores terão “reajuste mínimo de 25% e máximo de 40% nos salários,
dividido em três parcelas anuais, a partir de março de 2013, na proporção de
40%, 30% e 30%.” É pedido “máxima divulgação” do expediente.
Para o governo, a “concessão
do reajuste” dividiu a representação sindical e mesmo assim, “o governo está
convencido de que a base da categoria dos docentes é favorável ao acordo — em
plebiscitos realizados pela Federação de Sindicatos de Professores de
Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), 75% dos professores optaram
pela aceitação. Além disso, as universidades federais do Rio Grande do Sul e de
São Carlos manifestaram-se pela volta às atividades normais”.
Fica mais uma vez evidenciado
o jogo de cena entre a direção desta “Federação” e o governo, já que a maioria
das assembleias de professores de sindicatos locais ligados ao Proifes rejeitou
a proposta do governo e reafirmaram a continuidade da greve como nas Universidades Federais do Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia.
O secretário do MEC chega a
afirmar também no oficio que “o governo prevê ainda a criação de grupos de
trabalho - formados por reitores indicados pela Andifes e Conif, representação
de sindicatos que aderirem ao acordo MEC e MPOG - para discutir e aprofundar
questões relativas ao plano de carreira dos professores, respeitados os limites
da autonomia pedagógica e administrativa das universidades e dos institutos
federais.”
Ou seja, só haveria acesso a qualquer discussão diante da assinatura
do acordo, situação que não cabe o Andes, o Sinasefe e a Condsef e mesmo a
maioria dos sindicatos do Proifes.
Leia na página do Andes: CNG/ANDES-SN denuncia golpe do governo e conclama docentes a intensificar greve
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