terça-feira, 13 de novembro de 2012

Belo Monte parou


Uma série de protestos de trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da hidrelétrica, que iniciaram na noite da última sexta, 9, e se estenderam até a noite de domingo, destruiu instalações e equipamentos dos canteiros de Belo monte e Pimental e inviabilizou a continuidade dos trabalhos.

A rebelião de sexta, que ateou fogo em cinco galpões do sitio Belo monte, se estendeu para o sitio Pimental no sábado, atingindo equipamentos e instalações, retornando a Belo Monte na noite de domingo com mais incêndios nos alojamentos. Segundo nota do CCBM, foram destruídas instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas.

Nesta segunda, manifestantes ainda bloquearam a  Rodovia Transamazônica, ateando fogo em um ônibus e impedindo o acesso aos canteiros de obras e a retirada dos funcionários.

Apesar de ter anunciado, no final de semana, que os trabalhos seriam retomados na segunda sob pena de demissão sumária, o CCBM acabou forçado a paralisar as obras em todos os  canteiros (Belo Monte, Canais e Diques e Pimental). De acordo com lideranças dos trabalhadores, muitos dos operários que moram fora de Altamira estão sendo mandados para casa por tempo indeterminado.

“Estamos em greve. É uma greve da base, já que não há acordo com o sindicato. E é claro que, depois dos protestos, não há condição alguma de retomada dos trabalhos. Mas acreditamos que a  iniciativa de mandar os operários pra casa é uma forma de tentar enfraquecer o movimento grevista. O que garantimos que não vai acontecer!”, explica um trabalhador.

Segundo os trabalhadores, não houve avanço na negociação das reivindicações trabalhistas, como aumento salarial acima dos 11% oferecidos, equiparação salarial entre os canteiros de obras, e mudança de regras da baixada (folga para visitar as famílias).

Fonte e fotografia: Xingu Vivo para Sempre
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