A defesa de um dos condenados como mandante do
assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, ocorrido em 2005, vai
pedir à Justiça a revisão da pena e a anulação da condenação. O pedido
baseia-se no depoimento de uma nova testemunha à Justiça do Pará, tomado na
terça-feira.
Ele pode provocar uma reviravolta no caso do
assassinato, já que a Justiça decidiu ontem que o novo depoimento pode ser
usado como prova em favor do fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, o Bida. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quem falou à Justiça foi o policial federal
Fernando da Silva Raiol, que participou das investigações sobre a morte de
Dorothy. Ele disse que tanto Bida como o outro mandante, Regivaldo Galvão, o
Taradão, são inocentes e não ordenaram o assassinato da missionária. Raiol
ainda apresentou outro fato novo, dizendo que a arma do crime foi fornecida por
um delegado de Polícia Civil de Anapu (a 766 km de Belém), o que pode incluir
um novo réu no processo.
No total, cinco pessoas foram condenadas pelo
assassinato de Dorothy. Regivaldo e Vitalmiro foram considerados os mandantes
do crime e Bida atualmente cumpre pena em regime semiaberto.
Fonte: Jornal do Brasil (Fotografia não incluída na matéria original)