O que move um brasileiro urbano, não índio, a agregar “guarani kaiowa” ao seu nome no Twitter e no Facebook?
A frase-conceito “Sou
Guarani Kaiowa” se disseminou nas redes sociais e multiplicou-se em vídeos no
YouTube. Até mesmo Mia Couto, grande escritor moçambicano, declarou em vídeo,
ao passar pelo Brasil semanas atrás: “Venho de muito longe, mas não há longe em
uma situação em que um povo está sujeito ao genocídio. Portanto, neste aspecto,
eu também sou guarani caiová, sou brasileiro e estou sendo vítima do mesmo
genocídio. Não posso ficar calado”.
Algumas
pesssoas – tanto públicas quanto anônimas – desqualificaram essa marca como
modismo. Consideraram ridículo o fato de brasileiros urbanos e não índios se
apresentarem como guaranis caiovás nas redes sociais. Outras querem entender o
que isso significa, o porquê de alguém, afinal, passar a dizer que também é
índio e colocar o nome da etnia como sobrenome nas redes. Vários leitores têm
me indagado neste sentido, com o propósito tanto sincero quanto legítimo de
compreender um fenômeno recente do país em que vivem.
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