A
ameaça de corte de ponto, de substituição de servidores e a suspensão das mesas
de negociação estão gerando um efeito inverso ao desejado pelo governo. Nenhuma
categoria suspendeu a greve e deu a “trégua” pedida pelo governo.
Ao
contrário disto, novas categorias entraram em movimento, algumas também em
greve, outras em processo de mobilização:
Ministérios:
adesão dos servidores dos Ministérios do Turismo, Esportes e do Ministério da
Educação. Em Brasília, além da greve de
vários órgãos e autarquias (Incra, Funai, Funasa, Arquivo Nacional, Hospital
das Forças Armadas, Dnit, DNPM) da base da Condsef, estão em greve ainda os ministérios da Justiça,
Previdência, Saúde, Planejamento, Desenvolvimento Agrário e Integração Nacional
e Trabalho e Emprego.
Imprensa Oficial: Paralisação
de 24h impediu a circulação do Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 02
de agosto. Como qualquer ato de governo só tem
validade a partir do momento em que o mesmo é publicado no Diário Oficial, todas
as decisões programadas para serem publicadas nesta quinta-feira só passarão a
ter validade no início da noite, quando a paralisação for suspensa.
Judiciário: No
dia do início do julgamento do mensalão, os servidores do judiciário realizam
um dia nacional de paralisação. Há um indicativo de greve para os servidores do
judiciário para 15 de agosto.
Polícia Federal: Policiais
federais definem nesta sexta-feira, 03 de agosto, em assembleias locais sobre a
entrada ou não em greve na próxima semana. O indicativo foi aprovado em
encontro nacional da categoria. Em nota, a
Federação Nacional dos Policiais Federais, afirma que as polícias de cada
estado devem decidir as ações sobre a greve a partir de semana que vem. Ainda
de acordo com a nota, os policiais devem realizar operações padrão nas
fronteiras, aeroportos e portos. Na noite de quarta-feira, policiais e
agentes administrativos protestaram em frente do palácio do planalto.
Área ambiental: Os
servidores da área ambiental (Ibama, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente)
realizaram uma carreata pela Esplanada dos Ministérios no dia 31 de julho. Em
seguida, foi realizado protesto em frente ao Ministério do Planejamento. Exigem reestruturação de carreira e novo concurso público.
Fiscais Agropecuários: Indicativo
de greve para 06 de agosto. Na quarta reunião com o secretário de
Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sérgio
Mendonça, nesta quinta-feira, 2 de agosto, em Brasília (DF), ainda não houve a
apresentação de uma contraproposta à pauta de reivindicações do Sindicato da
categoria. O presidente da ANFFA Sindical, Wilson
Sá informou que o sindicato fará uma greve de ocupação e que os fiscais não
aceitarão que outros ocupem e façam o seu serviço.
As entidades do Fórum
Nacional orientam duas semanas de mobilização
Nesta quarta-feira, representantes
de onze entidades que integram o Fórum Nacional em defesa dos servidores e
serviços públicos com categorias em greve e mobilizadas participaram de uma
reunião na sede da Condsef, em Brasília. No encontro foram analisadas de forma
muito positiva as últimas manifestações promovidas em todo o Brasil, incluindo
o Dia Nacional de Luta desta terça-feira, 31/07, que levou milhares de
servidores às ruas para cobrar a apresentação de propostas imediatas do governo
Dilma às reivindicações do setor público.
O anúncio feito pelo
Ministério do Planejamento de adiar a apresentação de respostas aos servidores
apenas para a 2ª quinzena de agosto motivou ainda mais a luta. A greve deve
continuar crescendo. Para reforçar ainda mais esse movimento de luta e cobrar
do governo uma proposta que atenda às reivindicações dos servidores, as
entidades aprovaram um novo calendário de atividades que prevê mais um Dia
Nacional de Luta no dia 9 de agosto e outro grande acampamento em Brasília
entre os dias 13 e 17 de agosto.
Novo calendário de
mobilização:
09/agosto:
atos conjuntos dos servidores pelos estados
13
a 17/agosto: Acampamento em Brasília dos servidores em greve
17/agosto:
Marcha em Brasília