A rodada de assembleias dos professores
de universidades e institutos federais em greve rejeitou a “nova proposta” do
governo para a categoria. Foram 61 assembleias de base do Andes e 254 na base
do Sinasefe que apontaram nesta direção. Os professores federais dos antigos territórios que
são da base da Condsef também rejeitaram por unanimidade a proposta e
reafirmaram a continuidade da greve.
Mesmo em universidades
ligadas ao Proifes, como na Universidade Federal do Ceará, ou onde as
diretorias locais indicaram saída da greve como na Universidade de Brasília, a
base dos professores rejeitou a proposta e reafirmou a continuidade da
greve.
Nesta quarta-feira, 01°de
agosto, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão recebeu as entidades
nacionais: Andes, Sinasefe, Condsef e Proifes as 19 horas. Os professores realizaram
vigília em Brasília e em diversas universidades pelo país.
Na mesa, o Secretário Sérgio
Mendonça afirmou que a última proposta apresentada pelo governo é de caráter
definitivo. O Andes e o Sinasefe indicaram disposição de continuar na mesa de negociação,
mas exigiram do governo avanço no processo de negociação da estruturação das
carreiras e que se faz necessário que seja estabelecida negociação também sobre o segundo
ponto da pauta, as condições de trabalho nas instituições federais de ensino.
No sentido oposto, o Proifes considera que os “quinze
pontos” de pauta da entidade foram atendidos. Neste sentido, Sérgio Mendonça
sinalizou que o governo pode fechar um acordo em separado com a entidade, sem
levar em conta a rejeição da grande maioria da categoria da própria entidade, e
as bases do Andes, Sinasefe e Condsef.
O governo considera assim encerrado o processo de
negociação e “convida” as três entidades a serem signatárias do acordo com o
Proifes, o "sindicato do governo".
“Todas as assembleias votaram pela rejeição da proposta. No
entanto, governo opta por assinar acordo com uma entidade que é sua parceira, e
que não tem representatividade junto à categoria. Nós vamos continuar firmes na
greve e são as assembleias de base que determinarão os rumos do movimento”,
afirmou Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN.
Revolta também entre os técnico-administrativos
Entre os
técnicos-administrativos, o clima é de revolta. Se para os docentes o governo
apresentou uma proposta que não atende as reivindicações da categoria, para os
técnico-administrativos até agora não foi apresentado nada. Diante dessa
situação, a categoria promete radicalizar a mobilização.
Recentemente foi lançada a campanha “Se não negociar, não tem matrícula, nem vestibular”, nessa segunda-feira (30) foi realizada uma vigília em frente ao Palácio do Planalto e quase que diariamente são realizados atos em frente aos ministérios do Planejamento e da Educação.
Recentemente foi lançada a campanha “Se não negociar, não tem matrícula, nem vestibular”, nessa segunda-feira (30) foi realizada uma vigília em frente ao Palácio do Planalto e quase que diariamente são realizados atos em frente aos ministérios do Planejamento e da Educação.
O MPOG também havia
suspendido as reuniões de negociação com a Fasubra e em audiência com o ministro
da educação, Aluízio Mercadante, o Comando Nacional de Greve ouviu que “não há
cenário” para ganhos salarias e que o governo está “preocupado” em evitar o
crescimento do desemprego na iniciativa privada.
Na reunião com os
professores, Sérgio Mendonça afirmou que pode antecipar a reunião com estes
servidores para a próxima segunda-feira, 06 de agosto.