Cinco temáticas sempre
tratadas aqui neste blog: Amazônia, Reforma Agrária, quilombolas, indígenas e
meio ambiente. Como estas questões estão sendo tratadas nos programas de
governo dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais?
Com o objetivo de obter
respostas a esta questão foram pesquisados nos documentos dos candidatos que
estão disponíveis nos sítios de campanha (no caso de Dilma Rousseff e de Marina
Silva) e no Tribunal Superior Eleitoral (no caso de Aécio Neves) como os mesmos
analisam e o que propõe para estas áreas.
As propostas de Dilma
Rousseff são sem dúvida as mais tímidas dos três candidatos em relação aos
cinco temas pesquisados. O documento programático de 41 páginas tem longos trechos de análises com as
“realizações” dos últimos governos petistas, mas nem nestes trechos nem nas
propostas, estas cinco áreas são lembradas com qualquer destaque. Indígenas e quilombolas não são
sequer citados pela candidata. Não há qualquer proposta para reforma agrária e
as palavras “Amazônia” e “meio ambiente” só aparecem como preocupações a serem
debatidas em fóruns internacionais.
O candidato Aécio Neves
dedica um capítulo de seu programa a “Sustentabilidade” e apresenta 26
propostas para a temática ambiental.
Indígenas e quilombolas são citados várias vezes principalmente nas
propostas ligadas aos direitos humanos. Sobre reforma agrária, há apenas uma proposta
genérica em uma passagem das 76 páginas do documento. Há entre as propostas, a nítida intenção
de acelerar a liberação de organismos geneticamente modificados (transgênicos)
e um viés liberal em relação ao meio ambiente.
Marina Silva possui um
programa com 241 páginas, onde quase todas as temáticas escolhidas aqui são encontradas. As temáticas se encontram com itens bem especificados, com análises e propostas, como há também a preocupação
em tratar destes temas em outras áreas ao longo do documento. É dos três
candidatos a que apresenta as propostas mais detalhadas, algumas defendendo
bandeiras históricas como a atualização dos índices de produtividade para
reforma agrária e o confisco de propriedades com ocorrência de trabalho escravo
e outras de viés bem neoliberal, como transferir para iniciativa privada o
aporte de recursos para gestão de unidades de conservação e aumentar as áreas
de concessão florestal para madeireiras.
Para saber mais, clique no
nome de cada um dos candidatos abaixo: