No mês de agosto, o Incra publicou uma portaria de reconhecimento (comunidade Velame na Bahia) e dois relatórios técnicos de identificação e delimitação (comunidades Rio dos Macacos na Bahia e Araújo Ribeiro no Mato Grosso do Sul).
Comunidade
Velame
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Portaria
publicada em 18/08/2014
Dimensão:
1.874,1700 ha
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Araújo
Ribeiro
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RTID
publicado em 15/08/2014
Dimensão:
79,7302 ha
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Rio
dos Macacos
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RTID
publicado em 25/08/2014
Dimensão:
104,0806 ha
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Placar
- 2014
Seguimos
sem nenhuma terra titulada esse ano seja pelo Incra, seja pelos governos
estaduais.
Janeiro
a agosto de 2014
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Terras
Tituladas
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0
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Portarias
de Reconhecimento
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13
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RTIDs
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06
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Processos
em andamento no Incra
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1.329
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Acompanhe
o andamento dos processos no site
da Pró-Índio
Rio
dos Macacos
O
RTID de Rio dos Macacos estava pronto desde 2012, mas seguia sem ser publicado
devido a sobreposição da terra quilombola e a Vila Naval da Barragem.
Segundo
a Procuradoria
da República na Bahia, a comunidade quilombola de Rio dos Macacos enfrenta
um conflito com a Marinha do Brasil desde que seu território foi escolhido para
abrigar a Vila Naval, em meados do século XX. Os quilombolas denunciam que
foram alvos de ações violentas, praticadas por oficiais da Marinha, na intenção
de expulsar as famílias residentes no local.
A publicação do RTID agora em agosto vem depois de
intensas negociações e de decisão da Justiça Federal. A medida liminar de
4 de junho atendeu a pedido feito em ação civil pública ajuizada pelo
Ministério Público Federal na Bahia e pela Defensoria Pública da União na
Bahia.
No
entanto, o RTID publicado reconhece duas áreas descontínuas com dimensão de
apenas 104 hectares, formalizando uma proposta que havia sido rejeitada pela
comunidade em reunião de negociação realizada em maio. Em matéria publicada no jornal
A Tarde, em 27 de agosto, os quilombolas já manifestaram a sua
insatisfação. A mesma fonte anuncia uma reunião entre o governo federal e os
quilombolas no dia 5 de setembro para tratar da questão.
Publicado
o RTID fica aberto o prazo de 90 dias para possíveis contestações. Só então, o
processo poderá ter continuidade.
Acompanhe
o caso no site do MPF-BA.
Fonte:
Blog da Comissão Pró-Índio com o título Terras
Quilombolas em Regularização: publicações em agosto de 2014