Assentamento Corta Corda foi criado em novembro de 1997. Em julho, o MPF recomendou ao Incra a demarcação da área.
O Ministério Público Federal (MPF), por meio do procurador Luís de
Camões Lima Boaventura reúne com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) e ocupantes do projeto de assentamento Corta Corda, na tarde
desta segunda-feira (8), em Santarém, oeste do Pará, para discutir a demarcação
dos lotes e georeferenciamento da área.
No fim do mês de julho, o MPF recomendou ao Incra a
organização espacial do assentamento e a fiscalização na
área para verificar se os lotes estão sendo regularmente ocupados por
beneficiários do programa de reforma agrária. De acordo com o MPF, os
assentados estão em situação de abandono, com estrada de acesso comprometida,
além da falta de água, escolas, posto de saúde e qualquer tipo de assistência
do Incra. Em contrapartida, conforme informações apuradas pelo MPF sobram
denúncias de crimes ambientais, de suposta invasão de terras públicas e ameaças
de morte na comunidade Corta Corda.
Segundo o integrante da direção da associação dos assentados de Corta
Corda, Ezequias Oliveira, o encontro deve definir os rumos das recomendações.
“Nunca tivemos definição concreta. Já recorremos várias vezes ao MPF para que
seja feita a execução do projeto. Nós queremos a demarcação de cada lote e
georeferenciamento da área. Já estamos ocupando há 2 anos e tem gente que diz
ser dono e não querem deixar a gente tomar posse”, afirma.
O projeto de Assentamento Corta Corda foi criado em novembro de 1997
para assentar 468 famílias e, atualmente, já conta com aproximadamente 700
famílias.
Fonte: Do G1 Santarém - Mapa: arquivo do blog Língua Ferina