Dado se refere ao mesmo mês de 2013; monitoramento é não-oficial. Rondônia foi o estado com mais derrubadas, segundo a ONG.
Imagem de 14 de outubro deste ano mostra árvore solitária
em área devastada pelo desmatamento ilegal na área de floresta amazônica no
estado do Pará (Foto: Raphael Alves/AFP)
|
O levantamento não-oficial
de desmatamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon), de Belém, apontou nova alta na devastação da floresta amazônica em
relação ao ano passado. O SAD, como se chama esse monitoramento independente,
detectou 244 km² de desmatamento na Amazônia Legal em outubro de 2014. Isso
representou um aumento de 467% em relação a outubro de 2013, quando o
desmatamento somou 43 km².
O Imazon destacou que, por
cusa da cobertura de nuvens, foi possível monitorar 72% da área florestal na
Amazônia Legal enquanto que em outubro de 2013 o monitoramento cobriu uma área
menor (69%) do território.
Em outubro de 2014, o
desmatamento se concentrou em Rondônia (27%), Mato Grosso (23%), seguido pelo
Pará (22%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Roraima (9%), Acre (5%) e
Amapá (1%).
As florestas degradadas
(parcialmente destruidas) na Amazônia Legal somaram 468 quilômetros quadrados
em outubro de 2014. Em relação a outubro de 2013 houve um aumento de 1.070%,
quando a degradação florestal somou 40 quilômetros quadrados.
O SAD do Imazon já havia
indica aumento de 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo
bimestre de 2013. Em termos absolutos, naqueles meses, a alta foi de 288 km²
para 838 km².
O levantamento do Imazon é
paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
que utiliza o sistema Deter. O dado mais recente do Deter foi divulgado em
setembro, com números referentes aos meses de junho e julho, e também
indicava aumento de 195% no desmate na comparação entre os dois meses de 2013 e
2014. As informações são utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para
controlar a devastação do bioma. A pasta não quis comentar os dados do Imazon,
posto que não são oficiais.
Fonte: G1