Tido
como “a esquerda” no governo Dilma Rousseff(PT) por movimentos sociais
governistas como o MST e a CUT, o ministro da Secretaria Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, conseguiu numa entrevista dada ao jornalista João Fallett da BBC Brasil desagradar a gregos e troianos.
Em
reação à parte da entrevista em que o ministro afirma que o governo não abre
mão de construir hidrelétricas no rio Tapajós em áreas que incidem em terras
indígenas, o líder mundukuru Ademir Kaba declarou ontem que Gilberto Carvalho é
um canalha. Veja AQUI.
Já
as críticas que Carvalho fez a supostos erros do governo na condução da
política indigenista e agrária e no diálogo com a sociedade teriam resultado em
nada mais, nada menos, na saída do ministro do governo. Antes de viajar para a
Cúpula do G-20 na Austrália, a presidente Dilma o teria de forma ríspida
demitido devido ao teor da entrevista. É o que informa o jornalista Leandro
Mazzini, da Coluna Esplanada.
A
assessoria de Carvalho nega a demissão: ministro avisou que o cargo é da
presidente até dia 31 de dezembro. É fato, é o dia que ele provavelmente
deixará o governo. A coluna mantém a versão da demissão.
Na
entrevista dada a BBC, Carvalho declarou que deseja continuar no governo e disse: “preciso
trabalhar”. “Se ela (Dilma) me convidar a ficar no governo, eu vou ficar”,
afirmou.