sábado, 7 de julho de 2012

Ações movidas pelo MPF contra o Incra por desmatamento ilegal em assentamentos


Esta semana, o Ministério Público Federal  tornou público que ajuizou ações em seis estados da Amazônia Legal contra o Incra por desmatamento no interior de projetos de assentamentos de reforma agrária que responderiam por um terço do total do desmatamento na região. Os dados teriam sido confirmados pelo Ibama, Inpe e Imazon, mas foram contestados pelo Incra por meio de nota oficial.

Segundo a autarquia, há mais de dez anos, a instituição direcionou a política de Reforma Agrária na Região para a criação de Projetos de Assentamentos Ambientalmente Diferenciados como os Projetos Agro Extrativistas (PAEs), Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) e os dados apresentados pelo Ministério Público incorporam áreas que não estão mais sob administração do Incra, como por exemplo, os Projetos de Colonização da década de 70, bem como outros já emancipados.

As ações do MPF relatam à Justiça Federal os danos em cada estado. Em comum, em todos os processos o MPF pede a interrupção imediata do desmatamento em áreas de reforma agrária, proibição de criação de novos assentamentos sem licenciamento ambiental e um plano para licenciar os assentamentos existentes, bem como para averbação de reserva legal e recuperação de áreas degradadas, com prazos que vão de 90 dias a um ano.

As ações judiciais foram elaboradas pelo Grupo de Trabalho da Amazônia Legal, que reúne procuradores da República de toda a região, e ajuizadas em seis dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal. Amapá e Tocantins ficaram de fora por terem números inexpressivos de desmatamento nas áreas de reforma agrária. O Maranhão, que tem uma das situações mais graves nos assentamentos, está concluindo o inquérito sobre o assunto.

Veja a íntegra das ações judiciais:
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