Nesta sexta-feira (13 de
julho), ocorreu reunião entre o Ministério do Planejamento e as entidades
sindicais dos docentes das instituições federais de ensino em greve: Andes,
Sinasefe e ProIfes. A convocação para a reunião foi feita pelo MPOG. Esta ocorre
após dois meses de uma greve que alcança 95% das redes de universidades e
institutos federais.
Logo no início da reunião e em outro local, os
ministros Miriam Belchior (MPOG) e Aluízio Mercadante (MEC) davam uma entrevista transmitida
ao vivo pelo canal da presidência da república, já anunciando a proposta que estava sendo apresentada como
uma grande concessão do governo, sem que esta sequer tivesse sido discutida na
mesa com as entidades sindicais.
Por meio da grande imprensa,
o governo fez passar a versão que teria apresentado uma proposta extremamente
positiva, com reajuste de 45%, novo plano de carreira, redução dos interstícios
para progressão e valorização da qualificação profissional.
Leia: Governo propõe reajuste de até 45% e mudança na carreira de professores
Logo após o
término da reunião, por volta das 20h desta sexta, é que estão surgindo as
primeiras informações sobre a mesa de negociação. Para o Andes, a proposta
apresentada pelo governo apresenta problemas.
Leia abaixo a notícia que se encontra no sítio da entidade:
Leia abaixo a notícia que se encontra no sítio da entidade:
Planejamento apresenta
proposta, mas mantém desestruturação da carreira docente
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do
Planejamento, Sérgio Mendonça, apresentou na tarde desta sexta-feira (13), às
entidades do movimento docente, uma proposta que envolve tabelas e tópicos com
aspectos conceituais sobre a carreira docente (veja aqui conceitos e certificação). Logo após
as lideranças sindicais tomarem conhecimento das tabelas, no outro lado da
Esplanada dos Ministérios, os ministros Aloizio Mercadante e Miriam Belchior
davam uma entrevista coletiva falando do impacto orçamentário da proposta,
prevista para ser implementada entre 2013 e 2015. Para o ANDES-SN, a proposta
do governo não enfrenta o problema da desestruturação da carreira, apontado
pela categoria.
A reunião no Ministério do Planejamento começou com a apresentação das tabelas (veja aqui carreira MS e EBTT). Imediatamente, os representantes das entidades sindicais pediram explicações e esclarecimentos. Ao invés de esclarecer, as falas do governo geraram mais dúvidas, e, por isso, houve a solicitação de que o governo apresentasse as respostas por escrito. A reunião foi suspensa e recomeçou cerca de uma hora depois, para que a bancada do governo detalhasse melhor a sua posição.
Novos esclarecimentos foram solicitados pelos dirigentes das entidades e ficou agendada a realização de nova reunião no dia 23 de julho, às 14h. “Houve um tensionamento para que as entidades dessem um retorno mais rápido, mas argumentamos que o governo demorou para apresentar uma proposta e não seria justo exigir que decidíssemos em dois dias”, conta Marinalva Oliveira.
“A posição apresentada pelo ANDES-SN foi aprovada pela categoria no 30º Congresso Nacional, mas vamos avaliar a proposta do governo nas assembleias que realizaremos por todo o Brasil, e daremos uma resposta no dia 23”, informou Marinalva Oliveira. O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN fará uma análise preliminar da proposta do governo, para subsidiar as deliberações das assembléias gerais. Essa análise será concluída neste sábado (14).
A reunião no Ministério do Planejamento começou com a apresentação das tabelas (veja aqui carreira MS e EBTT). Imediatamente, os representantes das entidades sindicais pediram explicações e esclarecimentos. Ao invés de esclarecer, as falas do governo geraram mais dúvidas, e, por isso, houve a solicitação de que o governo apresentasse as respostas por escrito. A reunião foi suspensa e recomeçou cerca de uma hora depois, para que a bancada do governo detalhasse melhor a sua posição.
Novos esclarecimentos foram solicitados pelos dirigentes das entidades e ficou agendada a realização de nova reunião no dia 23 de julho, às 14h. “Houve um tensionamento para que as entidades dessem um retorno mais rápido, mas argumentamos que o governo demorou para apresentar uma proposta e não seria justo exigir que decidíssemos em dois dias”, conta Marinalva Oliveira.
“A posição apresentada pelo ANDES-SN foi aprovada pela categoria no 30º Congresso Nacional, mas vamos avaliar a proposta do governo nas assembleias que realizaremos por todo o Brasil, e daremos uma resposta no dia 23”, informou Marinalva Oliveira. O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN fará uma análise preliminar da proposta do governo, para subsidiar as deliberações das assembléias gerais. Essa análise será concluída neste sábado (14).
Marinalva Oliveira, do Andes. |
Força da greve
Logo no início da reunião, Sergio Mendonça reconheceu que a apresentação da proposta, mesmo no atual momento de crise, é fruto da pressão do movimento de greve, mas também revela a importância que o governo dá à educação.
Na quarta-feira (11), a direção do ANDES-SN protocolou a “Carta à Dilma”, solicitando a abertura das negociações, enquanto estudantes e professores realizavam manifestação em frente ao Palácio do Planalto. À tarde, dirigentes do ANDES-SN e do Sinasefe reuniram-se com o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sottili, que ficou de entregar a carta à Dilma e de ajudar na “reabertura do diálogo”. Ontem (12), Sottili telefonou para Marinalva para dizer que o governo apresentaria uma proposta nesta sexta (13).
Leia o relato completo da reunião pelo Comunicado do Andes AQUI!
Logo no início da reunião, Sergio Mendonça reconheceu que a apresentação da proposta, mesmo no atual momento de crise, é fruto da pressão do movimento de greve, mas também revela a importância que o governo dá à educação.
Na quarta-feira (11), a direção do ANDES-SN protocolou a “Carta à Dilma”, solicitando a abertura das negociações, enquanto estudantes e professores realizavam manifestação em frente ao Palácio do Planalto. À tarde, dirigentes do ANDES-SN e do Sinasefe reuniram-se com o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sottili, que ficou de entregar a carta à Dilma e de ajudar na “reabertura do diálogo”. Ontem (12), Sottili telefonou para Marinalva para dizer que o governo apresentaria uma proposta nesta sexta (13).
Leia o relato completo da reunião pelo Comunicado do Andes AQUI!