A
General Motors do Brasil fechou desde a madrugada desta terça, 24 de julho, a
sua fábrica em São José dos Campos, interior de São Paulo. As 3h da manhã, os trabalhadores do terceiro
turno foram dispensados e a fábrica foi cercada por seguranças e policias. Os trabalhadores
do turno da manhã que se dirigiam para o trabalho receberam pelos ônibus da
empresa um comunicado avisando também da dispensa, mas mesmo assim, pelo menos
300 se dirigiram para o local.
A GM
informa que a unidade em São José teria sido fechada para evitar possíveis mobilizações
no interior da fábrica devido a ameaça de demissão de mais de 1.500 operários
da linha de montagem de veículos automotores.
A
paralisação acontece no dia em que havia sido programado um ato de
sindicalistas contra as demissões e às vésperas de reuniões entre a GM,
sindicato de metalúrgicos e o governo federal.
Em comunicado em seu sítio na internet, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e
Região diz que não há razões para demissão já que “as
vendas estão em alta e os fabricantes de carros são o setor mais beneficiado
pelas isenções fiscais do governo federal”.
A
entidade diz que “os governos federal, estadual e municipal precisam se somar à
luta em defesa dos empregos” e que a "montadora precisa assumir seu compromisso
social”.