A Secretaria-Geral da Presidência informou nesta
terça-feira que o governo vai condicionar eventual reconsideração do ponto
cortado de servidores públicos federais em greve a uma disposição dos grevistas
de suspender o movimento temporariamente até que o governo apresente, em meados
de agosto, proposta para as reivindicações de reajustes salarias.
O ministro Gilberto Carvalho tentará nos próximos
dias agendar uma reunião entre representantes dos grevistas e o Ministério do
Planejamento para discutir essa possibilidade, mas o governo entende que é um
direito - 'e até um dever' - cortar o ponto dos servidores em greve.
Em reunião com o ministro na tarde desta
terça-feira, representantes dos grevistas relataram ao governo que foram
detectados 12 dias de ponto cortados que seriam descontados na folha de julho
referentes a dias parados em junho. Carvalho relatou aos sindicalistas que
considera a greve 'precipitada'.
Gilberto Carvalho recebeu representantes do
Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF), da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação Nacional dos Sindicatos dos
Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e
da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Os trabalhadores foram recebidos pelo ministro no
fim da tarde desta terça-feira após promoverem um 'buzinaço' na frente do
Palácio do Planalto, como protesto contra o corte da folha de ponto e a falta
de uma proposta do governo para as categorias em greve.
Na noite desta terça, chegou a notícia de que um juiz federal concedeu uma liminar impedindo o corte de ponto para os servidores em greve. A decisão é válida apenas para os servidores do Distrito Federal, já que o pedido foi impetrado pelo Sindsep-DF.
*Com informações do G-1 e do Sindsep-DF (via
Facebook)