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quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Funai filma pela primeira vez tribo de índios que vive isolada na Amazônia
Uma das últimas tribos do mundo que continuam a viver isoladas foram filmadas por uma equipe da Funai (Fundação Nacional do Índio) no interior da floresta amazônica.
Nove índios da tribo kawahiva andavam nus pela mata em Colniza, cidade do Mato Grosso que fica próxima ao Amazonas, quando foram filmados pelo sertanista Jair Candor. Os homens levavam arcos e flechas, indicando que são os guerreiros do grupo, enquanto as mulheres carregavam alguns objetos e as crianças. Foi uma das duas crianças que eram levadas pela última mulher, aliás, quem percebeu a presença do "homem branco" e deu o alerta ao grupo.
Um dos guerreiros voltou ao local, criando uma forte tensão, mas não atacou os sertanistas. O homem ficou escondido atrás da vegetação e apenas observou os intrusos do seu território. Quando percebeu que não havia perigo, desapareceu com os outros índios no meio da floresta.
Para entender que o grupo disse, a reportagem do Jornal Hoje, da rede Globo, consultou Ana Suely Arruda Cabral, professora da UnB (Universidade de Brasília) e especialista em línguas indígenas. Segundo ela, os índios procuravam algum lugar para repousar e falavam sobre armadilhas para pegar caças à noite. Ana Suely afirmou, ainda, que a criança que avistou os funcionários da Funai gritou "Tapuim", termo que significa "tem inimigo" em Tupi-Kawahiva - o idioma é comum a várias tribos.
De acordo com a Funai, os kawahiva são nômades e vivem de caças e comida da floresta, já que não cultivam agricultura. Quando as presas acabam, eles mudam de acampamento. Eles dormem em uma esteira feita de folhas e palhas e produzem poucos artefatos.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Sérgio Sauer: "Mudanças não podem justificar paralisia da reforma agrária”
Para o professor
Sergio Sauer, do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Rural da Universidade de Brasília (UnB) “não há novidade” na proposta de mudar
o Incra. “Sempre que se têm resultados ruins, se fala em mudança”
Pedro Rafael*
Em meio as
críticas após mais um pífio resultado na incorporação de novas áreas de reforma
agrária pelo governo Dilma – em dois anos, foram 86 desapropriações de terras,
desempenho que supera apenas o período Collor – o Incra sinaliza mudanças da
política agrária na tentativa de melhorar a atuação do órgão.
Reportagem do
Brasil de Fato já havia detalhado a reorientação do governo Dilma no setor, que
inclui a descentralização das ações de construção de moradias e de
infraestrutura básica dos assentamentos para outros ministérios. O presidente
da autarquia, Carlos Guedes, afirma que a meta é recuperar o prestígio do
Incra, desfazendo principalmente a fama de má gestão.
Para o professor
Sergio Sauer, do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Rural da Universidade de Brasília (UnB) e relator do Direito Humano a Terra,
Território e Alimentação (Plataforma DhESCA Brasil), “não há novidade” na
proposta de mudar o Incra. “Sempre que se têm resultados ruins, se fala em
mudança”, aponta. A questão não é quem vai fazer, mas se será feito, avalia o
professor.
“Essas pretensas
atualizações não podem servir como justificativas para a imobilidade
governamental. Não há qualquer sombra de dúvidas que a reforma agrária, como
uma política estruturante, traz temas como o desafio da sustentabilidade
ambiental e dos direitos à alimentação adequada, não só no campo, mas do
conjunto da população”, situa. Mesmo assim, Sauer desconfia do empenho do
governo em ver a questão sob essa perspectiva. “Toda a temática agrária não é
prioridade para o mandato Dilma”. A seguir, confira a entrevista de Sergio
Sauer ao Brasil de Fato.
Brasil de Fato –
Qual a sua impressão sobre a mudanças que estão em curso no Incra?
Sergio Sauer – A
troca na presidência do Incra gerou mudanças nas pessoas que ocupavam alguns
cargos, tanto no próprio Instituto como no MDA [*no início de 2012, o deputado
Pepe Vargas, do PT-RS assumiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário e, meses
mais tarde, o economista e servidor Carlos Guedes foi indicado para a
presidência do instituto agrário*]. No entanto, de uma maneira geral, não houve
uma mudança significativa, nem em termos políticos, nem em termos de direção.
Por outro lado, é historicamente comum quando há baixa execução das ações
estratégicas do órgão, a formulação de discurso enfatizando a necessidade de
mudanças administrativas. A proposta de descentralização das ações do Incra não
é nenhuma novidade, pois já apareceu na administração FHC e foi veementemente
criticada pelos movimentos sociais do campo.
As críticas são
aconteceram porque há uma defesa da centralização, mas porque, primeiro,
geralmente, essas mudanças administrativas dispendem muita energia e os
resultados são pífios. Em segundo lugar, as propostas de descentralização são
feitas em uma lógica ideal, ou seja, o Incra deve “deixar de ser provedor” como
se qualquer outro Ministério ou órgão público estivesse pronto e disposto a
assumir tais tarefas e ações nessa área, o que não é, nem de longe, uma
realidade. Mais perigoso do que a perda de autonomia, as ações e políticas
simplesmente não serão executadas, diminuindo ainda mais o ritmo na
implementação das já poucas ações de acesso à terra e consolidação do setor
familiar camponês.
Segundo o
presidente do Incra, essas mudanças se inserem na ideia de que é preciso
“atualizar” a reforma agrária e que as zonas de maior concentração fundiária já
não coincidem com os acampamentos onde estão a maior parte das famílias
sem-terra que aguardam para serem incluídas no programa. Em que medida isso
deveria alterar a política?
Novamente, é
surpreendente o discurso de “reformar a reforma agrária”, pois essa expressão
(e outras correlatas como essa do atual presidente do Incra) estava em um dos
primeiros pronunciamentos do então recém eleito Fernando Henrique Cardoso, em
1995. O Brasil é historicamente marcado por uma profunda concentração da
propriedade e do acesso à terra. Essa leitura de que apenas algumas regiões
possuem essa concentração não é só um equívoco, como um mecanismo de
justificação de ações pontuais, que em nada alteram a atual iniquidade no
campo. Também é difícil de entender como um pretenso descompasso entre o número
de demandantes por terra – existência de um número maior sem terra – e níveis
mais baixos de concentração possam justificar a total paralisia nas ações
governamentais de desapropriação e assentamento de famílias.
Agora, assim
como qualquer ação humana ou política, a luta pela terra suas causas e
consequências – necessita de constantes releituras. No entanto, essas pretensas
atualizações não podem servir como justificativas para a imobilidade
governamental. Não há qualquer sombra de dúvidas que a reforma agrária, como
uma política estruturante, traz temas como o desafio da sustentabilidade
ambiental e dos direitos à alimentação adequada, não só no campo mas do
conjunto da população. Estamos falando de um bem não renovável, a terra e o
solo fértil, portanto, a reforma agrária continua sendo um tema atual.
O senhor acredita que houve
mudança na política agrária do governo Lula para o governo Dilma?
Não houve uma
mudança significativa das políticas agrárias em geral entre os dois governos.
No entanto, as mudanças para pior, sem sombra de dúvidas, estão situadas na
diminuição – se não na total paralisia – das ações de desapropriação e
assentamento de famílias. Há sempre a necessidade de reconhecimento da melhoria
na implementação de alguns programas, mas não há novidades, inclusive porque
toda a temática agrária não é prioridade para o mandato Dilma.
A reforma
agrária cabe no atual modelo de desenvolvimento econômico do Brasil para o
setor agrícola?
Como disse,
acredito que o tema é atual e urgente, pois qualquer olhar sobre a importância
socioambiental da terra recoloca a questão agrária na pauta política nacional.
No entanto, não acredito que seja possível pensar em qualquer avanço no
contexto do atual modelo e momento do agronegócio exportador de commodities. O
atual modelo é excludente e concentrador, portanto, tende sempre na direção
absolutamente oposta a qualquer ação de democratização do acesso à terra. Isso
sem falar na expansão do monopólio do setor agropecuário, com o crescente
domínio das multinacionais que, ao monopolizar concentram os diferentes
serviços do fornecimento de insumos à comercialização da produção. Isso,
associado a uma corrida mundial por commodities, torna o tema mais candente e
de difícil solução.
Existe uma
avaliação que o eixo da luta de classes se deslocou, principalmente, para o
mundo do trabalho, devido ao processo recente de crescimento econômico, aumento
do emprego e diminuição da miséria. E que as políticas sociais do governo, como
o Bolsa Família, entre outras, teria desmobilizado as ações no meio rural. O
senhor concorda com essa análise?
Não tenho
certeza! Não tenho uma análise precisa sobre as razões que explicariam as
dificuldades de mobilização das populações do campo, mas elas não estão
paralisadas (assim como não há grandes mobilizações dos setores urbanos). A
presença de programas assistenciais certamente é parte das contradições desse
momento histórico. Por outro lado, é preciso reconhecer que houve uma
diminuição sensível das ocupações de terras, mas há várias outras frentes de
lutas, envolvendo outros atores sociais do campo, a exemplo de quilombolas,
povos indígenas, e muitas comunidades que resistem à expropriação de suas
terras e recursos.
Há lugar para o
desenvolvimento rural que tenha agricultura familiar e agronegócio “convivendo”
simultaneamente?
A tese de um
sistema bimodal de produção e ocupação do campo tem lugar e vários defensores,
ou seja, é possível imaginar e defender uma realidade em que haveria “lugar
para todos” no campo. No entanto, essa não é – e nunca foi – nossa realidade.
Até podemos dizer que infelizmente nunca foi assim, inclusive há de se
reconhecer que os enfrentamentos não são opção de alguns maniqueístas de
plantão. Se há convivência também há muita disputa, inclusive disputas pela
assistência do Estado e por recursos públicos. Os recentes processos de
criminalização de lideranças e movimentos sociais salientam mais as disputas
que a convivência, deixando claro que a questão não se resolve apenas com um
acordo econômico-produtivo.
A questão da
terra (que é conceitualmente diferente da questão agrária!) continua um tema
atual, especialmente se olharmos essa terra como parte, por exemplo, da
sustentabilidade social e ambiental. A terra, como um bem não renovável,
adquire outra dimensão, portanto, não pode ser reduzida a uma noção ou a um
problema econômico-produtivo. Não estou querendo vincular com a dimensão de
identidade cultural – tão cara aos nossos povos indígenas e outras comunidades
que dependem de seus territórios -, mas apenas enfatizar que existe uma
dimensão e um desafio vinculado à função socioambiental da terra, o que é uma
perspectiva nova e um desafio imenso!
*Fonte: Brasil de
Fato
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Greve dos professores chega a UFRJ, UnB, UFF, Unifesp e outras
Chega a 47 instituições federais de ensino superior e mais de cinqüenta sessões sindicais em
greve em todo país. São 43 universidades e 4 institutos federais de educação em
praticamente todos os estados, na maior greve da categoria desde 2001. Esta
semana, quatro nas maiores universidades também iniciaram a paralisação por
tempo indeterminado capitaneada pelo Andes.
A semana teve início com a adesão da Universidade de
Brasília (UnB), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e todos os campi da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa) na segunda-feira, 22 de maio. Na terça
(23), foi a vez das Universidades Federais Fluminense e do Rio de Janeiro também
pararem. No Rio, as quatro universidades federais existentes no estado aderiram
ao movimento nacional. Também deliberaram pela greve, professores de cinco dos
seis campi da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade
Federal de Alfenas, em Minas Gerais onde dez instituições federais de ensino superior
estão paradas: UFTM, UFVJM, UFU, UFV, UFLA, UFJF, UFOP, UFSJ, CEFET-MG, IFSMG E UFA.
Em parte destas universidades que não estão em greve, a categoria se enfrenta com sindicatos ligados ao PROIFES, grupo criado pelo governo federal que é contra a greve.
Em parte destas universidades que não estão em greve, a categoria se enfrenta com sindicatos ligados ao PROIFES, grupo criado pelo governo federal que é contra a greve.
Confira
as universidades que já aderiram à greve dos docentes segundo o Andes e
imprensa:
Norte:
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal de Rondônia
Universidade Federal de Roraima
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal de Rondônia
Universidade Federal de Roraima
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal do Pará (Belém, Marabá e Altamira)
Universidade Federal do Oeste do Pará
Universidade
Federal do AmapáUniversidade Federal do Tocantins
Nordeste:
Universidade
Federal do Maranhão
Universidade
Federal do Piauí
Instituto
Federal do Piauí
Universidade
Federal do Semi-Árido
Universidade
Federal da Paraíba
Universidade
Federal de Campina Grande (Campina Grande, Patos e Cajazeiras)
Universidade
Federal de Pernambuco
Universidade
Federal Rural de Pernambuco
Universidade
Federal de Alagoas
Universidade
Federal de Sergipe
Universidade
Federal do Recôncavo Baiano
Universidade
do Vale do São Francisco (Juazeiro)
Observação:
Há movimentação para
greve na Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal da Bahia, mas
direções dos sindicatos se posicionam contrários a deflagração do movimento (PROIFES).
Sudeste:
Universidade
Federal do Triângulo Mineiro
Universidade
Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
Universidade
Federal de Uberlândia
Universidade
Federal de Viçosa
Universidade
Federal de Lavras
Universidade
Federal de Ouro Preto
Universidade
Federal de São João Del Rey
Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Universidade
Federal de Alfenas
Universidade
Federal de Juiz de Fora
Universidade
Federal do Espírito Santo
Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro
Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro
Universidade
Federal do Rio de Janeiro
Universidade
Federal Fluminense
Universidade
Federal de São Paulo
Observação:
Professores da
Universidade Federal do ABC aguardam o fim de recesso para deliberar.
Sul:
Universidade
Federal do Paraná
Universidade
Tecnológica Federal do Paraná
Universidade
Federal do Rio Grande
Universidade
Federal do Pampa
Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal de Santa Maria
Observação:
Professores da
Universidade Federal de Pelotas estão
em processo de deliberação.
Centro-Oeste:
Universidade
Federal do Mato Grosso
Universidade
Federal de Goiás (Catalão e Jataí)
Universidade
de Brasília
Universidade
Federal da Grande Dourados
Leia também: Anel declara apoio à greve e convoca estudantes a se juntarem aos professores
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Gestores de universidades federais são alvos de inquéritos
Fábio
Fabrini*
BRASÍLIA - Centros de excelência em formação
profissional e pesquisa científica, universidades
federais têm construído, paralelamente, uma escola de impropriedades na gestão
de recursos públicos. Reitores, pró-reitores e ex-dirigentes de, pelo menos, 16
instituições, em 13 estados, são alvos de processos administrativos,
auditorias, inquéritos e ações na Justiça por deslizes que vão do favorecimento
a parentes e amigos ao desvio de verbas. Só o Ministério da Educação (MEC) apura
23 casos, envolvendo gestores de oito federais, que, se forem considerados culpados,
podem perder seus cargos ou, se já afastados, ficar proibidos de
voltar ao serviço público e ter as aposentadorias cassadas.
voltar ao serviço público e ter as aposentadorias cassadas.
Na
lista constam catedráticos que ganharam notoriedade recentemente, como o
ex-reitor José Januário Amaral, que renunciou em meio a suspeitas de integrar
um esquema de corrupção na federal de Rondônia (Unir). E outros que caíram em
desgraça pública bem antes, casos de Timothy Mulholland, da Universidade de
Brasília (UnB), envolvido em denúncias de irregularidades em fundações vinculadas
à universidade; e de Ulysses Fagundes Neto, da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), cujos gastos em viagens ao exterior foram o estopim de sua
queda. Ambos saíram em 2008, mas ainda não receberam o veredicto do MEC, cujos
processos disciplinares (PADs), não raro, são tão lentos que só acabam após os
delitos prescreverem.
No
Piauí, o reitor da UFPI, Luiz de Sousa Santos Júnior - campeão de PADs no MEC,
com oito - acumula ações na Justiça por improbidade administrativa, além de
inquéritos no Ministério Público Federal (MPF) e na Polícia Federal que apuram
seu envolvimento numa coleção de irregularidades. Numa das ações, ele é acusado
pelo MPF de favorecer com 16 contratos, firmados sem licitação, o empresário
Cândido Gomes Neto, apontado como controlador de três empresas de publicidade.
Em outra, é responsabilizado por gastos abusivos com cartão corporativo, cuja
soma alcança R$ 405 mil.
Lei de licitação pública
burlada
A
Procuradoria da República no Piauí quer multar o reitor por, supostamente,
descumprir ordem judicial que o proíbe de firmar convênios com a Fundação
Cultural e de Fomento a Pesquisa, Ensino e Extensão(Fadex), ligada à
universidade, para obras e serviços sem previsão legal. E sustenta que a
entidade tem sido usada por ele para driblar a exigência de contratar mediante
concorrência pública. Empresas mantenedoras da Fadex, como a Construtora F.
Ramalho, e que constam em seu estatuto, aparecem no Diário Oficial da União
(DOU) também como beneficiárias de contratos da fundação e da UFPI.
Na
UFPI, foi necessária a intervenção de procuradores da República até para que o
nome de uma colega do reitor no Departamento de Química, posto como homenagem
num prédio da universidade, fosse retirado.
Em
representação, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Associação de
Docentes (ADUFPI) pedem que o MEC apure a suposta concessão de bolsas, pela
Fadex, a Santos Júnior e a uma de suas filhas. Ele nega.
País
afora, também estão sob investigação casos de irregularidade em licitações e
malversação de verbas na federais de Rio, Amazonas, Pará, Minas, Sergipe, Acre
e Pernambuco. No Rio Grande do Sul, o ex-reitor da Universidade de Santa Maria
(UFSM) é réu da Operação Rodin, da Polícia Federal, que apurou o suposto desvio
de R$ 44 milhões do Detran-RS, por meio de fundações ligadas à universidade.
Ele também é um dos investigados no controle interno do MEC. Em Pernambuco
(UFPE), um dos alvos são contratações reiteradas das mesmas empresas para
fornecer materiais de construção.
Em
23 de novembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) mandou suspender licitação
da federal de Juiz de Fora (UFJF) para ampliar o hospital universitário. A obra
está orçada em R$ 136,8 milhões. Os motivos são um sobrepreço de R$ 15,7
milhões, apontado na auditoria, restrições à competitividade e indícios de
conluio entre as únicas três construtoras que participaram da concorrência. Os
preços apresentados por elas foram tão parecidos que a primeira classificada, com
o maior desconto, tinha uma diferença de apenas 0,38% em relação ao valor de
referência.
Na
decisão, relatada pelo ministro José Múcio, o tribunal pede à PF e ao MPF que
apurem o caso. E afirma que, embora tenha pedido correções no edital em ocasião
anterior, a universidade não o fez.
No
Rio, o TCU aplicou este ano multas de R$ 20 mil ao ex-reitor da UFRJ Aluísio
Teixeira, e de R$ 5 mil à vice-reitora de sua gestão, Sylvia da Silveira Mello
Vargas, por impropriedades em parceria com o Sindicato Nacional dos Oficiais de
Marinha Mercante (Sindmar) para a instalação de um simulador aquaviário. Os
recursos do projeto foram destinados por emenda da deputada Jandira Feghali
(PCdoB). O equipamento foi instalado na entidade, presidida na época pelo
marido da parlamentar, Severino Almeida Filho.
Segundo
o relatório que embasou a decisão, a aquisição feriu a Lei de Licitações e foi
direcionada ao Sindmar. Além disso, permitiu-se "o envolvimento da
universidade em benefício de uma organização sindical". O equipamento,
sustenta o tribunal, sequer era necessário à UFRJ. A reitoria nega
irregularidades. Houve recursos ao acórdão, mas o tribunal manteve as multas e
deu prazo para o pagamento.
Reitor da UFPI nega irregularidades em sua gestão
Reitor da UFPI nega irregularidades em sua gestão
O
reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Luiz de Sousa Santos Júnior,
negou irregularidades em sua gestão e disse que as denúncias são ilações dos
opositores, com motivações políticas: "A única pretensão dos denunciantes
é criar embaraços para a
administração, quando apresentam diversas denúncias motivadas exclusivamente por sentimento político", afirmou, em nota.
administração, quando apresentam diversas denúncias motivadas exclusivamente por sentimento político", afirmou, em nota.
Segundo
o reitor, que estava em viagem na quinta e na sexta-feira e não respondeu a
todos os questionamentos do GLOBO, a universidade cumpre determinação judicial
de não celebrar acordos com a Fadex, sua fundação de apoio, em algumas hipóteses.
Porém, a sentença não impede "a celebração em outros casos, legalmente
permitidos". Não há ainda, conforme Santos Júnior, posicionamento na
Justiça sobre suposto descumprimento da ordem, alegado pelo Ministério Público
Federal.
O
reitor explicou que o processo no qual é acusado de abuso de cartões corporativos
está em fase de "juízo de admissibilidade". "Não houve desvio de
valores nem má-fé, atestado pela própria Controladoria Geral da União
(CGU)", sustentou.
A
nota diz que a investigação sobre a participação de empresa do ex-coordenador
de Comunicação da UFPI em licitação da universidade está sendo apurada pela
universidade, por meio de processo disciplinar, e pela Polícia Federal, sendo
necessário aguardar resultados para eventuais medidas judiciais e
administrativas. E que, seguindo recomendação da Procuradoria da UFPI, será
nomeada comissão para tocar também processo disciplinar sobre condutas do pró-reitor
de Pesquisa, Saulo Brandão, acusado de favorecimento à frente da comissão que
cuidava do vestibular. Santos Júnior
ressaltou que a Fadex tem personalidade jurídica própria e presta relevantes
serviços à comunidade universitária. Ele negou acusações de favorecimento a uma
de suas filhas com bolsas, exigindo "apresentação de provas que confirmem
a leviana acusação". O reitor disse que a iniciativa de homenagear uma professora
viva, dando seu nome a um prédio, foi da coordenadora do curso de Farmácia, que
justificou sua atitude num memorando.
Já
a UFJF informou, também em nota, que a licitação para ampliar o Hospital
Universitário foi suspensa por ato da universidade após a apresentação das
propostas, em 31 de outubro, tendo em vista o processo de verificação em curso
no Tribunal de Contas da União (TCU). A eventual homologação, seguida da
assinatura do contrato, só ocorrerá após sanadas as dúvidas sobre a conformidade,
segundo a instituição de ensino.
O
chefe de gabinete da Reitoria da UFRJ, Marcelo Land, disse que o Rio e o Brasil
têm carência de mão de obra qualificada para trabalhar no setor marítimo, daí a
necessidade de instalação do simulador aquaviário. Segundo ele, o Sindicato
Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante foi escolhido para receber o
equipamento por uma questão estratégica, já que tem profissionais qualificados
e expertise para fornecer os cursos: - Era questão de sinergia.
Land
não esclareceu se outras entidades foram consultadas. Disse que não há
pagamento à UFRJ por ceder o simulador, mas que alunos e pesquisadores da
universidade o têm usado em
pesquisas. Ele informou que está prevista a instalação de
equipamentos dessa natureza pelo Sindmar na universidade: - Fizemos cobrança disso (na última)
segunda-feira.
A
UFRJ informa que a decisão do TCU está sendo questionada. Por conta dela,
suspendeu este ano os cursos no Sindmar e está cobrando prestação de contas à
entidade.
Fonte:
O Globo.com
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Código Florestal: a troca de Jorge Viana
A
votação ontem do novo texto do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do
Senado teve uma grande unidade entre ruralistas, petista e a direita tradicional.
Entre
as poucas vozes que se colocaram contra, estavam estudantes da UnB, um deles segurando
este cartaz, para o Senador petista e acreano, Jorge Viana, o relator do projeto.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Ministério Público Federal pede que ex-reitor da UnB e mais dez devolvam 2,1 milhões de reais aos cofres públicos
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A ação será julgada pela 21ª Vara da Justiça Federal no DF.O escândalo de desvio de verbas na UnB foi descoberto em 2008, após divulgação de uso ilegal de recursos para reformar o apartamento funcional ocupado à época por Mulholland. Entre elas, a compra de uma lixeira de quase R$ 1 mil.
Investigações do MPF e da Controladoria-Geral da União (CGU) descobriram que o esquema funcionava com a ajuda integrantes da diretoria da Editora da UnB (Edu). O reitor pediu demissão e o então diretor da Edu, Alexandre Lima, perdeu o cargo.
De acordo com as investigações, os contratos ilegais firmados pela universidade eram transformados em projetos, cuja execução era subcontratada por fundações privadas. A gestão financeira ficava com uma estrutura paralela coordenada por Lima. Também houve contratação de parentes dos envolvidos para serviços que não foram prestados. Segundo o MPFDF, o dinheiro era repassado de acordo com interesses de Lima e do então reitor da UnB.
O caso será julgado pela 21ª Vara da Justiça Federal no DF. Processo 38827-17.2011.4.01.3400.
Confira o conteúdo da ação civil pública por improbidade administrativa.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Conflitos socioambientais na Amazônia
"O Descompasso e o piroscópio: uma análise dos conflitos socioambientais do projeto da usina hidrelétrica Belo Monte", defendida por Ivan Dutra Faria pelo Centro Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de Doutor em Desenvolvimento Sustentável, área de concentração em Política e Gestão Ambiental.
Assim o autor, que escreveu o artigo “Belo Monte: a Viúva Porcina do setor elétrico” para a Agência Ambiente Energia, explica o conteúdo da tese: “Este trabalho investiga os conflitos socioambientais de projetos hidrelétricos na Amazônia. Para tanto, foram utilizados como marcos referenciais os modelos de Georg Simmel e de Kai N.Lee para análise de conflitos e para a busca de uma Aprendizagem Social, respectivamente.
O foco principal da pesquisa é colocado sobre o projeto da usina hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, sudoeste do estado do Pará. O local do barramento previsto se situa próximo às cidades de Altamira e Vitória do Xingu, onde se deram os eventos que compuseram a cena na qual os atores mais relevantes relacionados com o projeto atuaram.
Os conflitos socioambientais do setor elétrico na Amazônia são investigados por meio da análise da atuação da Eletronorte na região, em especial em relação ao projeto de Belo Monte. Essa análise privilegia os aspectos de comunicação com a sociedade, de democratização da informação, de negociação dos empreendimentos e da mediação dos conflitos”, resume Ivan Dutra Filho, que mestre e doutor em Política, Planejamento e Gestão Ambiental. Também é consultor legislativo do Senado Federal.
Leia a tese
Fonte: Ambiente Energia /Amazônia.org
Assim o autor, que escreveu o artigo “Belo Monte: a Viúva Porcina do setor elétrico” para a Agência Ambiente Energia, explica o conteúdo da tese: “Este trabalho investiga os conflitos socioambientais de projetos hidrelétricos na Amazônia. Para tanto, foram utilizados como marcos referenciais os modelos de Georg Simmel e de Kai N.Lee para análise de conflitos e para a busca de uma Aprendizagem Social, respectivamente.
O foco principal da pesquisa é colocado sobre o projeto da usina hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, sudoeste do estado do Pará. O local do barramento previsto se situa próximo às cidades de Altamira e Vitória do Xingu, onde se deram os eventos que compuseram a cena na qual os atores mais relevantes relacionados com o projeto atuaram.
Os conflitos socioambientais do setor elétrico na Amazônia são investigados por meio da análise da atuação da Eletronorte na região, em especial em relação ao projeto de Belo Monte. Essa análise privilegia os aspectos de comunicação com a sociedade, de democratização da informação, de negociação dos empreendimentos e da mediação dos conflitos”, resume Ivan Dutra Filho, que mestre e doutor em Política, Planejamento e Gestão Ambiental. Também é consultor legislativo do Senado Federal.
Leia a tese
Fonte: Ambiente Energia /Amazônia.org
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