domingo, 13 de março de 2016

De volta e contra a corrente*

O texto Salve a Internet me ajudou muito a decidir que futuro eu daria para o meu blog, que se encontrava parado. Não por motivos de prisão, como no caso do autor do texto, mas por total falta de estímulo.

Quando eu criei o Língua Ferina em 2007, havia muito mais acessos e parece que as pessoas em geral, se interessavam mais pelos assuntos que nele eu abordo. A cada mês, mais e mais pessoas liam, chegando ao auge em 2010-2011. 

Estes acessos me estimulavam a divulgar notícias, análises e textos meus e de outras pessoas, pois eu tinha a sensação que estava sendo útil para divulgar algo a favor das concepções que defendo, ser solidário com causas, divulgar assuntos que são pouco pautados, enfim, seria uma ferramenta de mídia nova extremamente útil de divulgação.

Depois desse perído, cada vez menos pessoas passaram a acessar o blog, chegando a semanas em que as postagens antigas eram mais lidas do que as novas. Fui aconselhado pela amiga Marjory Martins a entrar nas redes sociais para divulgar as postagens, pois lá "eu ia bombar”. Segundo ela, nas redes eu poderia juntar meus textos com minha ironia com mais facilidade do que blog, além de melhorar a interação e ter e dar acesso a mais pessoas e informações.

E de fato, no início ajudou muito, especialmente com o twitter, que acabou me aproximando de outros blogs e conhecendo muita gente que até hoje só interajo virtualmente e outras que só vim a conhecer pessoalmente em função deste conhecimento virtual prévio. Neste momento, vieram inclusive ofertas para eu colocar anúncios comerciais no blog e receber dinheiro a partir do número de acessos, o que já havia decidido desde o início que não faria e não fiz, até em respeito às pessoas autoras dos textos que lá divulgo, pois estaria “faturando” em cima do trabalho dos outros.

Agora o blog vive esta fase que está bem descrita no texto que do blogueiro iraniano:

Ao mesmo tempo, essas mesmas redes sociais tendem a tratar textos e imagens nativos, ou seja, diretamente publicados em suas plataformas, com muito mais respeito do que aqueles hospedados em páginas externas. Um amigo fotógrafo me explicou que suas imagens publicadas diretamente no Facebook recebem um grande número de “curtidas”, o que significa que elas aparecem mais para outros usuários. Por outro lado, quando posta um link para uma mesma imagem hospedada fora do Facebook – em seu enferrujado blog, por exemplo – ela é muito menos visível no Facebook e recebe um número muito menor de “curtidas”. O ciclo reforça a si mesmo.

Ajudou muito na reflexão, a parte final do texto, sobre o que fazer. Estou voltando à ativa, justamente com o texto de Hossein Derakhshan.

Até a leitura dele, eu estava só esperando o momento para escrever a postagem de encerramento das atividades do Língua Ferina. Mas já que meu blog é de temas que tentam remar contra a corrente, vou fazer isso também com a própria ferramenta, mantendo-a.


*Adaptado do correio eletrônico enviado por mim em resposta ao amigo Sérgio Martins. 
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Daggo disse...

Muito grato com a sábia decisão! Eu não consigo de forma alguma entrar nas redes sociais. 1 Abço do sul do Brasil.