quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PT faz campanha “Vai ter Copa” enquanto governo tenta cooptar e reprimir movimentos de protesto

Contrapondo-se a hastag #NaoVaiTerCopa e ao protesto marcado para o próximo dia 25 de janeiro puxado por vários ativistas pelas principais redes sociais, petistas criaram na semana passada a campanha #VaiTerCopa. 

A página do PT no Facebook publicou no último dia 12 a mensagem: "Tá combinado. Uma boa semana para todos que torcem pelo Brasil. #VaiTerCopa". Já na página oficial da presidente Dilma Rousseff, que é administrada pelo partido, a mensagem afirmava: "LÍQUIDO E CERTO. Uma boa semana para todos que torcem pelo Brasil. #VaiTerCopa." .



Alguns governistas, mais empolgados, já criaram até a Campanha “Vai ter Copa, não vai ter é segundo turno”, mostrando que a preocupação com possíveis protestos se dá não só pela Copa do Mundo, mas principalmente por 2014 ser também ano eleitoral.

Além da estratégia virtual nas redes sociais, a presidente Dilma Rousseff publicou no Diário Oficial da União de 10 de janeiro um decreto que destinou dois novos funcionários para a Secretaria-Geral da Presidência para promover "diálogo com os movimentos e segmentos sociais por ocasião da Copa do Mundo Fifa 2014". Já uma Portaria Normativa do Ministério da Defesa de 19 de dezembro de 2013 aprovou o documento “Garantia da Lei e da Ordem”, documento que detalha o “planejamento e o emprego das Forças Armadas” contra movimentos sociais.

“(...) deve ser previsto o emprego das FA de forma independente dos Órgãos Públicos destinados à segurança pública, quando o esgotamento deles decorrer de movimentos contestatórios”, afirma trecho do documento aprovado pelo ministro Celso Amorim.

Em certo trecho, são citados “movimento e organizações” como “forças oponentes”, passíveis de “atenção e acompanhamento”.

Entre as “ações a serem enfrentadas” pelas forças armadas estão “bloqueio de vias públicas de circulação”, “distúrbios urbanos”, “invasão de propriedades e instalações rurais ou urbanas, públicas ou privadas”, “paralisação de atividades produtivas”; paralisação de serviços críticos ou essenciais à população ou a setores produtivos do País” e “sabotagem nos locais de grandes eventos”.

Veja o documento na íntegra AQUI.
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