Faleceu
na última terça-feira, 16 de setembro, o militante socialista Dirceu Travesso, o
Didi, vítima de um câncer. Abaixo, uma pequena biografia publicada no sítio do PSTU, partido que ajudou a fundar e do qual era dirigente.
Didi
nasceu em 24 de fevereiro de 1959, na cidade de Flórida Paulista (SP). No final
da década de 70 começou sua militância política na Universidade Federal de São
Carlos (UFSCAR) na luta contra a ditadura militar e em apoio à luta dos trabalhadores,
que começavam a protagonizar greves massivas e generalizadas.
Logo
começou a trabalhar. Primeiro na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de Volta
Redonda, posteriormente foi para São Paulo onde começou a trabalhar como
bancário no Itaú, enquanto dava seguimento aos seus estudos. Um pouco mais
tarde entrou através de concurso público no banco Nossa Caixa. Em pouco
tempo tornou-se uma das lideranças nas greves dos bancários, sendo diretor do
Sindicato dos Bancários de São Paulo por três gestões. Membro da organização
Convergência Socialista, ajudou a fundar o PT. Participou da fundação da CUT
(Central Úaica dos Trabalhadores) e fez parte de sua Executiva Nacional durante
alguns anos.
Em 1994
rompeu com o PT, quando do Fora Collor e da expulsão da Convergência
Socialista, e participou ativamente da fundação e construção do PSTU, fazendo
parte de sua Direção Nacional.
Em 2004,
quando a CUT apoiou a Reforma da Previdência realizada sob o governo Lula,
Dirceu, junto com inúmeros sindicalistas, rompe com esta central e organiza a
Conlutas.
Revolucionário
convicto
Como membro da CSP-Conlutas e do PSTU, Didi foi um lutador incansável. É raro encontrar um ativista ou militante de São Paulo que não conheça Dirceu Travesso. Conhecido em todo o Brasil, sua atuação ainda atravessava as fronteiras. Internacionalista, atuante em favor da causa Palestina, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti, em apoio às revoluções do Oriente Médio e Norte da África, Didi buscava a unidade da classe trabalhadora em todo o mundo. Por isto, foi um dos impulsionadores principais da Rede Solidariedade Internacional.
Como membro da CSP-Conlutas e do PSTU, Didi foi um lutador incansável. É raro encontrar um ativista ou militante de São Paulo que não conheça Dirceu Travesso. Conhecido em todo o Brasil, sua atuação ainda atravessava as fronteiras. Internacionalista, atuante em favor da causa Palestina, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti, em apoio às revoluções do Oriente Médio e Norte da África, Didi buscava a unidade da classe trabalhadora em todo o mundo. Por isto, foi um dos impulsionadores principais da Rede Solidariedade Internacional.
Revolucionário
convicto, Didi reivindicava-se marxista, leninista e trotsquista e confiava na
luta da classe operária e de toda classe trabalhadora. Por isso, nestes anos em
que muitos abandonaram a luta pelo socialismo e fizeram todo tipo de alianças
espúrias com a classe dominante, Didi manteve-se sempre firme e do mesmo lado,
o lado da classe trabalhadora contra a burguesia, o lado da independência de
classe, o lado do internacionalismo proletário, o lado da revolução socialista.
Com esta
convicção construía o PSTU, a Liga Internacional dos Trabalhadores, a
CSP-Conlutas e a Rede Solidariedade Internacional.
Didi
enfrentava um câncer há cinco anos. Resistiu bravamente contra a doença durante
esses anos todos sem deixar, um só momento, de fazer a sua parte na luta contra
o capitalismo, contra toda a injustiça e a desigualdade que caracteriza esta
sociedade em que vivemos. Agora, exauriram-se suas forças. Vai caber a nós dar
conta de levar adiante esta luta à qual dedicou toda a sua vida.
Os
candidatos à Presidência José Maria Almeida (PSTU) e Luciana Genro
(Psol) lançaram notas de solidariedade e lamentaram a perda do militante.
Também foram registradas notas de intelectuais como Valério Arcary e Plínio de Arruda Sampaio Júnior e de entidades como o Andes-SN, a CSP-Conlutas e o MST.