A manifestação levou dezenas de ativistas e delegados que participam do Fórum Permanente para Assuntos Indígenas das Nações Unidas para frente da sede em Manhattan da Missão do Brasil nas Nações Unidas, no qual o projeto da represa foi um dos protagonistas.
"O Brasil foi pioneiro nos biocombustíveis e tem a maravilhosa oportunidade de ser também um líder nesta encruzilhada na qual se encontram muitos países", assegurou Weaver, que há duas semanas acompanhou o diretor de cinema James Cameron a região da Amazônia que deve ser afetada pelo projeto.
A protagonista de "Alien - O Oitavo Passageiro" (1979) instou o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a apostar em "um modelo energético do século XXI", no lugar de um projeto "com tantas consequências negativas".
Segundo seus críticos, a construção da hidroelétrica de Belo Monte provocará um dano meio ambiental irreparável e obrigará o deslocamento de 50 mil indígenas e camponeses do estado do Pará, onde está prevista sua construção sobre o curso do rio Xingu.
Para Weaver, as autoridades brasileiras deveriam se "concentrar nas energias renováveis e no consumo eficiente de energia".
"Aqui estamos nos desfazendo das represas, que foram um pesadelo para o meio ambiente e não produziram a energia que se supunha", assegurou a atriz americana.
"Acho sinceramente que o Brasil pode ser um líder no meio ambiente e que não tem por que seguir nossos passos e cometer nossos erros", insistiu.
Em sua viagem no começo desse mês ao Brasil, a atriz esteve acompanhada além de Cameron, o diretor de "Avatar", e de outro protagonista do filme, Joel David Moore.
A oposição pública à represa de Belo Monte, junto aos paralelismos entre o argumento de "Avatar" e as ameaças que afrontam os povos indígenas transformaram estas estrelas de Hollywood nos rostos mais visíveis da oposição internacional aos planos do Governo.
Fonte e fotografias: Agência EFE