sábado, 8 de novembro de 2008

Mataram irmã Dorothy: Audiência Pública, Documentário e uma revelação!

Esta semana uma intensa movimentação promete dar novos rumos ao caso Dorothy Stang.

Ocorreu ontem (sábado) em Anapú, cidade do oeste do Pará onde a missionária foi assassinada em 2005, uma audiência pública promovida pela Comissão Pastoral da Terra da região do Xingu para discutir a morosidade do governo e a impunidade da justiça no caso do assassinato. Em breve farei um relato detalhado da audiência neste blog.

Também ontem, matéria da Agência Brasil trouxe que a cópia de uma ata de uma reunião, enviada via fax, comprovaria que o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser o principal mandante do crime, procurou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Altamira (PA), no último dia 28, para doar parte do lote onde Dorothy foi morta e que ele mesmo afirmava que não estava mais em seu nome. O documento recebido no final da tarde de ontem pelas freiras Rebeca Spires e Julia Depweg – que trabalharam durante três décadas com a missionária Dorothy Stang – pode mudar os rumos do processo do assassinato da freira.

- Irmã Dorothy era muito danadinha e ia mesmo atrás. Depois que ela morreu, foi anunciado pelo Incra que o lote 55 estava seguro e não está. Muita coisa foi anunciada, muitas promessas foram feitas. O Incra trabalha com duas bocas e o povo está continuando o que Dorothy começou - disse a irmã Rebeca.

Durante esta semana, foi lançado no Brasil documentário Mataram irmã Dorothy, de Daniel Junge. O filme, narrado em português por Wagner Moura, mostra um interessante relato sobre o julgamento dos acusados. A discussão mostra o descaso das autoridades em um território sem lei, indo além do assassinato da missionária. O filme saiu consagrado do festival South by Southwest 2008, com o prêmio de público e de júri.

Com informações do Portal G1, Agência Brasil e JB Online.
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