sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Efeito Santarém?


Pelo segundo ano seguido o Incra “assenta” menos famílias que o (im) previsto. Segundo matéria d’O Estado de São Paulo, intitulada Número de famílias assentadas cai 68% em comparação a 2007, o instituto não vem conseguindo cumprir nem mesmos as promessas de assentamentos de famílias.

Diz a matéria, que de janeiro a outubro apenas 18,6 mil famílias haviam sido beneficiadas com o programa de Reforma Agrária do governo Lula, contabilizando assentamentos criados em 2008 e computado também vagas preenchidas em assentamentos criados em anos anteriores.

Ao se manter esta perspectiva, 2008 será um dos anos mais magros em famílias tidas assentadas no atual governo, perdendo apenas para 2003, ano do primeiro ano do primeiro mandato, quando estava ainda sendo gestado (e abortado) o II Plano Nacional de Reforma Agrária.

Os números de 2008 são até o momento piores que 2007, ano em que o governo teria assentado 67,5 mil famílias. O Incra declarou que os magros números daquele momento se deviam à greve dos servidores, fato que não ocorreu em 2008.

Mas, tudo indica que “quem” realmente “emagreceu” os números do MDA-Incra foi a queda abrupta de “assentados” na Superindentência de Santarém, no Pará.

Em 2005, tal unidade teria “assentado”, sozinha, 18,7 mil famílias. Em 2006, 33 mil.

Os números recordes de Santarém em 2005 e 2006 realmente impressionam. As 51,7 mil famílias ditas assentadas superam com folga todo o histórico de famílias assentadas nos estados do Sul em todos os tempos (33,1 mil). Também os números de famílias em todos os assentamentos em todos os anos na região Sudeste, região de economia mais pujante do país, foram batidos com folga pela Superintendência no Oeste do Pará (34,7).

Os motivos para essa queda abrupta são facilmente explicados. Basta lê-los, clique em http://www.prpa.mpf.gov.br/noticias/2008/ACP_Improbidade_INCRA_STM.pdf

Leia a matéria do jornal "O Estado de São Paulo": Número de famílias assentadas cai 68% em comparação a 2007 :: TXT ...
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