Em atendimento a esse pedido, o Ministério Público Federal (MPF), juntamente com o Ministério Público do Pará, marcaram uma nova reunião com os órgãos governamentais hoje (10).
Em protesto contra o desmatamento de seus territórios e a falta de regularização fundiária, desde 14 de outubro as comunidades vêm impedindo a circulação de balsas carregadas de madeira no rio Arapiuns.
“As famílias estão indignadas com a omissão do governo”, relata o procurador da República Cláudio Henrique Dias, que foi à área na quarta-feira. “Os ânimos estão bastante exaltados porque os problemas continuam sem solução”, complementa.
Comunicados com a data da nova reunião foram enviados pelo procurador as secretarias de Meio Ambiente do Pará e de Santarém, Ibama, Ideflor (Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará) e Funai.
O que os ribeirinhos e indígenas querem
Eis a pauta de reivindicações que os moradores da gleba Nova Olinda I estão fazendo, para por fim no problema:
* Realização de operação pente-fino na gleba Nova Olinda com uma articulação entre os órgãos federais e estaduais;
* Que a madeira das balsas barradas seja identificada e medida na comunidade de São Pedro, com o acompanhamento dos comunitários do movimento. E que essa madeira, em caso de irregularidade, seja destinada às comunidades da região;
* Paralisação por completo a de todos os planos de manejo da gleba Nova Olinda;
* Doação/regularização das Terras Indígenas Maró com a demarcação pela Funai;
* Que a madeira que se encontra no pátio e nos planos de manejo seja beneficiada em Santarém e que por meio de leilão seja criado um fundo de reserva em benefício da gleba Nova Olinda, sendo que parte do arrecadado deve ser doada para as comunidades afetadas pela enchente no município de Santarém;
* Retirada dos grileiros e madeireiros da gleba Nova Olinda;
* Ampliação da área do projeto de assentamento agroextrativista de Vista Alegre.
Fonte: Blog do Jeso retirado da página do MPF/PA
Entenda o caso: