quinta-feira, 2 de junho de 2011
Barbárie continua: Mais um assentado é morto no Pará, em Eldorado do Carajás
Martírio
De acordo com testemunhas, o agricultor levou um tiro no abdômen enquanto construía uma ponte. Dois homens encapuzados teriam chegado atirando. Atingido, o agricultor saltou no rio e se escondeu no matagal, segundo Djesus Martins de Araújo, coordenador do acampamento.
Socorrido e quando era levado para a cidade, homens armados teriam abordado o veículo no qual a vítima, ferida, era transportada. O agricultor foi assassinado a tiros, diante da mulher e de outras três testemunhas, por dois homens encapuzados. Silva teve a orelha decepada após o crime, da mesma forma que o líder extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva, morto há duas semanas, juntamente com sua mulher, Maria do Espírito Santo e quase foi degolado.
O crime ocorreu em Eldorado do Carajás, cidade onde ocorreu, em 1996, o massacre de 19 sem-terra. Eldorado fica no sudeste do Pará.
Darwinismo em meio à barbárie
O governo chegou a reconhecer, na terça-feira, não ter instrumentos e condições para garantir a segurança de todos os líderes que correm risco.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) elaborou uma lista de ameaçados que correm risco de vida. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou ser necessário fazer uma triagem na relação da entidade e escolher quais são os prioritários entre os mais ameaçados.
O darwinismo social chegou a níveis inimagináveis, e o governo agora quer selecionar quem será ou não protegido.
Leia aqui no blog: Violência e desmatamento: governo Dilma anuncia mais fogos de artifício para a Amazônia
Leia ainda: Se aprovado, Estado de Carajás será o mais violento do país
3 comentários:
- Talitta disse...
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Oi, saudade dos teus comentários no meu blog. Teus comentários me estimulam e me encorajam para escrever e/ou para continuar escrevendo. Uma curiosidade é que não sabia que o apelido do Trotsky é Leão. Beijo. E boa luta sempre! A luta continua para todos nós.
Obrigada pela visita. - 02 junho, 2011
- Marquinho disse...
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O Delegado responsável pelo caso já descartou categoricamente, sem nenhuma investigação, que este caso não está relacionado a conflitos no campo, simplesmente porque o lider do acampamento estava ná área e não foi assassinado.
Esta é a posição do governo do Estado: precisa matar o lider ou colocar uma placa no peito do finado (morto por causa de conflito agrário)para o caso ser considerado como morte no campo.
No mais, não dava para esperar outra coisa do Governo federal que disse que não tem condições de proteger os ameaçados de morte. Todo o seu efetivo está voltado para defenmder o "Paloffi".
Saudações irmão.
Na Luta Sempre!!!
Marquinho Mota - 03 junho, 2011
- Formol disse...
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Nesse final de semana na reunião nacional da Conlutas ouvi o relato do Fábio de Anapu sobre a situação dos assentados na região. Que vergonha! Parabéns por manter o blog tão atualizado. Saudações, Felipe SR-08.
- 06 junho, 2011