domingo, 23 de agosto de 2009

Eletronorte priorizará 5 hidrelétricas no rio Tapajós

No último dia 21, conforme divulguei aqui na postagem Hidrelétricas no Tapajós podem inundar parte do Parque Nacional da Amazônia., ocorreu em Itaituba, Pará, o encontro do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Amazônia para debater os prováveis impactos das hidrelétricas no rio Tapajós nesta unidade de conservação.

O encontro foi uma iniciativa dos coordenadores do Parque Nacional da Amazônia, motivados por informações do movimento popular que dizia que o PNA seria parcialmente inundado pela barragem de São Luiz do Tapajós e contou com a participação de representantes da Eletronorte, estudiosos e do membro do Ministério Público Federal em Santarém, Cláudio Henrique Dias, além dos membros do conselho consultivo.

Para Edilberto Sena, a exposição dos representantes da Eletronorte não trouxe muita novidade sobre aquilo que se sabe sobre o plano do governo para a bacia do Tapajós. Segundo ainda o padre “(...) a Eletrobrás disse está ocupada com cinco hidrelétricas e duas ficam para mais tarde; também disse que o termo usinas em plataforma é figurativo na comparação com as plataformas marítimas da Petrobrás. Querem dizer que na obra das hidrelétricas não haverá vila de trabalhadores, todos habitarão fora da obra, para não causar impactos ambientais. Indagado como fariam isso com 10.000 trabalhadores na construção da barragem e assentamento de turbinas, disse que estes ficarão lá 15 dias e seriam remanejados vindo nova turma. Explicação que não convenceu os presentes, pois afinal, aqueles terão que dormir, comer, fazer sua higiene, portanto haverá sim construções para trabalhadores”.

Como convidado, o Padre Edilberto Sena avalia que o encontro foi extremamente positivo, á medida que se abriu mais uma frente de resistência aos projetos de barramento do rio, além de mostrar o tamanho da ilegalidade que é inundar partes de inúmeras unidades de conservação, inclusive um dos parques mais antigos do país.
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