Flávio Bonanome*
O termo "maquiagem verde" surgiu entre os ambientalistas para designar um conjunto de políticas adotadas por determinadas empresas, aliadas a ações de marketing, para camuflar atuações predatórias ao meio ambiente. Dessa vez, porém, o sociólogo Sérgio Abranches inovou no uso do termo. Durante palestra realizada ontem (19), o pesquisador afirmou que políticas como SLAPR, Fundo Amazônia e Plano Nacional de Redução de Desmatamento não passam de uma forma de maquiagem usada pelo governo.
Durante toda a palestra, que aconteceu na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e tinha como tema "O Brasil na era do baixo carbono", não faltou crítica às políticas adotadas na região amazônica. "O que está sendo feito na Amazônia é uma catástrofe ambiental, e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) acha que isso é que é modernidade", afirmou o pesquisador.
Quando questionado se as políticas ambientais brasileiras, que teoricamente se contrapõe ao desenvolvimentismo do PAC, cumpriam seu papel, Abranches foi categórico. "O que o Ministério do Meio Ambiente faz não passa de maquiagem verde governamental. É uma tentativa de calar o setor ambientalista, uma venda de indulgências", afirmou o pesquisador. Para ele, até mesmo programas como o Fundo Amazônia, por meio do qual nações ricas fazem doações de grandes quantias para investimentos em políticas ambientais na floresta, não passa de uma forma de apaziguar consciências. "A Noruega, que se sente culpada pela degradação de seu ambiente, vem e paga, comprando sua vaga no paraíso verde", ironizou o pesquisador.
* Publicado no Amazonia.org.br
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"Políticas do MMA são maquiagem verde governamental", afirma pesquisador
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
1 Comentários
1 comentários:
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e os frigorificos financiados pelo bndes e banco mundial tao aa toda no pará
- 25 agosto, 2009
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