Deu na imprensa. Para evitar uma grande desgaste ainda no início do governo, a presidenta Dilma Roussef teria determinado a suspensão de uma nova reforma da previdência. A informação está no jornal Folha de São Paulo de hoje (13 de janeiro).
Segundo Dilma teria dito a interlocutores, não vale a pena investir em reformas que impliquem custo político e consumo de energia monstruosa neste início de mandato. A presidente prefere usar seu capital político na aprovação de três ou quatro projetos pontuais da reforma tributária, entre eles a desoneração da folha de pagamento, que devem ser enviados ao Congresso em fevereiro.
Já o jornal Valor Econômico mostra que a Ministra do Planejamento, Míriam Belchior, afirmou que dará prioridade à aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 549/2009, que limita o aumento dos gastos com pessoal à inflação mais 2,5% ao ano. Na prática, isto significa o congelamento do salário dos servidores públicos federais, ativos, aposentados e pensionistas.
O projeto que por pouco não foi barrado na Câmara dos Deputados, sofreu obstrução na sessão de 15 de dezembro na Comissão de Finanças e Tributação graças a ação de deputados governistas.
O governo encaminharia nas próximas semanas um requerimento de urgência para o Projeto e ele seria encaminhado diretamente para a votação no Plenário da Câmara, e se aprovado sem alterações, já irá diretamente à sanção de Dilma Rousseff.
"Importante relembrar que antes mesmo da aprovação do PLP, o governo já o implementa de fato, prevendo um gasto com pessoal em 2011 equivalente à inflação de 2010 mais 2,5%, o que impede reajuste geral para os servidores. Ao mesmo tempo, os gastos com a dívida pública não possuem limite algum", alerta a Campanha Auditória Cidadã.