Entre 700 a 1000 estudantes participavam de uma manifestação pacífica pelas ruas de São Paulo na tarde desta quinta-feira contra o aumento na tarifa de ônibus da cidade. Na última quarta-feira (5), a passagem foi reajustada de R$ 2,70 para R$ 3, aumento de 11%, superior à inflação em 2010 na cidade que foi de 5,83%.´
Os manifestantes fizeram uma marcha partindo do Teatro Municipal, e percorreram diversas ruas do centro. O Movimento Passe Livre, que organizou o protesto.
A manifestação começou com clima de descontração. Muitos estudantes e militantes de diversas entidades cantavam e tocavam com muita animação. Após sair em passeata, os cerca de mil manifestantes percorreram diversas ruas do centro da cidade divulgando a luta para a população
Quando a marcha chegou à praça da República, policiais militares que acompanhavam o protesto tentaram dispersar os manifestantes, afirmando que o combinado era que o ato se encerrasse ali.
A violência atingiu rapidamente maiores proporções, apesar das tentativas dos manifestantes de se reunir e retomar a caminhada pacífica. Bombas de gás lacrimôgenio e de efeito-moral foram lançadas indiscriminadamente contra o protesto, assim como atiradas balas de borracha, que atingiram até mesmo repórteres e fotógrafos. Sprays de pimenta e cassetetes também foram usados para agredir diversas pessoas. Apesar de apenas uma pessoa ter sido detida durante o ato, outras 30 foram presas um bom tempo após a dispersão, enquanto caminhavam pelo centro em grupos menores e procuravam conhecidos. Foram contabilizados 31 presos e 5 manifestantes feridos.
Foi o terceiro ato programado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste das passagens de ônibus em São Paulo. Um novo protesto está marcado para o dia 20, na avenida Paulista.
*Com informações do MPL, PSTU e Folha online.
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