A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados vai ouvir em audiência pública bispos da Igreja Católica ameaçados de morte por denunciarem grilagem de terras, derrubada ilegal e tráfico de madeira, além de tráfico de crianças, adolescentes e mulheres para prostituição na Guiana e na Europa. Por sua vez, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal também pretende ouvir os bispos.
Os bispos Dom Luiz Ascona, de Marajó, Dom Flávio Giovenale, de Abaetetuba, e dom Erwin Kräutler, de Altamira, são atuantes no Estado do Pará. Kräutler vive sob escolta policial durante as 24 horas do dia há mais de um ano.
Por outro lado, bispo da Prelazia do Marajó, Dom Luiz Azcona, tem sido pressionado e criticado desde a última segunda-feira, 14, quando voltou a denunciar casos de exploração sexual nos municípios da ilha do Marajó, notadamente Portel e Breves. Uma fonte ligada ao religioso confirmou que a governadora Ana Júlia Carepa se negou a marcar um encontro com Azcona para tratar dos assuntos denunciados e que Carepa teria ficado 'muito irritada' com as declarações de Azcona. O bispo declarou aos jornalistas que o Pará vive uma situação de 'ingovernabilidade' e que o Estado é omisso diante da exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo uma outra fonte, Azcona e os bispos Dom Erwin Krautler, do Xingu, e Flávio Giovenale, de Abaetetuba, ambos ameaçados de morte, assim como Azcona, têm tentado conversar com a governadora, mas as tentativas têm sido negadas. 'Temos sido muito pressionados depois das declarações dele (Azcona) por pessoas que gostam desse governo e não aceitam críticas'.
Fontes: O Liberal e Blog do Jeso.
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