sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Reforma Agrária ou bauxita?


Que ventos trazem um diretor do Incra ao PAE Lago Grande (Santarém) nesta semana?

Ninguém sabe, ninguém viu!
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Kiel disse...

Candido,
Se tu perguntasses eu te responderia, como estou fazendo agora.
E se tu perguntasses para o pessoal da Confederação das Associações do Lago Grande, já que passei a maior parte do tempo com eles, eles poderiam te responder também. Não há segredo algum.
Fi trabalho, o PAE tem 130 associações, 36 mil pessoas, cinco biomas diferentes, dezenas de títulos expedidos, grileiros, etc. Fui tentar entender o que, na minha opinião, é o projeto mais importante de Santarém, claro que numa perpectiva de médio e longo prazo. Tenho dito reiteradamente que são dois os grandes desafios do Incra para o futuro, achar um caminho de conciliação entre a Reforma Agrária e a Amazônia e estruturar uma política no nordeste capaz de incluir na agricultura familiar o 1,5 milhão de minifundiários que estão sobrevivendo na linha da miséria.
Devias caprichar mais, senão teu blog perde o pouco de credibilidade que tem, insinuar que teria algo haver com bauxita ou com mineradoras é meio pobre de espírito.
Até,
Kiel

Cândido Cunha disse...

Caro Kiel,
Respondo-te na camaradagem, pois acredito que realmente foi você a fazer o comentário. Aliás, grato por ele.

Quanto aos argumentos levantados por ti em relação ao PAE Lago Grande, nada tenho a me opor. Aliás, somo ainda as tuas e as minhas preocupações os problemas ainda pendentes do processo discriminatório da Gleba Lago Grande, a sobreposição do PAE Ponta Negra ao PAE Lago Grande, a movimentação em curso para tentar cancelar esse assentamento e por fim, as áreas de pesquisa da Alcoa para exploração de bauxita, algo inclusive que já apontado pela FEAGLE como um conflito instalado (veja em http://www.saudeealegria.org.br/portal/userfiles/Publicacao_Lago_Grande.pdf)

Levantei a questão sem citar seu nome, pois foi assim que a cosia foi levantada: “que haveria um diretor do Incra no PAE Lago Grande”, mas nem no Incra de Santarém se tinha notícia de quem era e o que estava fazendo. Não era um segredo provavelmente, era uma completa desinformação, pelo menos a quem indaguei. Nem seu nome era afirmado com certeza, por isso não o coloquei na postagem. A única coisa certa era: havia um diretor do Incra no PAE.

A associação com a bauxita que fiz, e não com nenhuma mineradora, me pareceu adequada, já que houve grande preocupação e um acompanhamento direto do Incra no caso do PAE Juruti Velho, intervenção essa apresentada como um sucesso por alguns, o que discordo em amplos aspectos.

Imaginei, e aí está meu erro em não comprovar, que tamanha desinformação se dava em função de algo muito específico, a ser feito na maior discrição, mas não necessariamente em benefício de uma mineradora, como foi em Juruti Velho.

Mas, sem querer perder credibilidade, coloco o seu comentário como postagem, a fim de que tenha mais espaço que aqui no local de comentários, tentando compensar assim o meu equívoco inicial.