Cerca de 3200 funcionários do consórcio da Usina Termelétrica de Pecém entraram em greve nesta semana por melhores condições de trabalho. Entre os pleitos que consideram não atendidos está a previsão de liberação de visitas periódicas aos familiares em suas cidades de origem. Mais de dois mil trabalhadores foram transferidos até o litoral cearense para a obra, prevista para começar a operar em 2011. A maioria deles, segundo a assembleia que aprovou a greve, está insatisfeita. Mas os empresários conseguiram na noite de terça-feira uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 7ª Região que considerou a greve como ilegal e determinou imediato retorno ao trabalho. Mesmo assim, os trabalhadores pretendem mantê-la, ratificando a decisão dia-a-dia em assembleia na entrada do parque de obras.
O sindicato, sujeito a multa diária se a greve permanecer, procurará derrubar a liminar ainda hoje na Justiça. Isso só não foi feito ontem por conta do feriado nacional do dia dos advogados, segundo Raimundo Nonato Gomes, presidente do Sintepav-CE. “É preciso fazer a obra com responsabilidade social, e não a qualquer custo.” Segundo ele, a greve será mantida até que as demandas sejam atendidas ou até que os empregadores tragam nova proposta de negociação.
Esta é a segunda greve em Pecém neste ano. Na primeira, em abril, negociou-se uma série de melhorias no tratamento dos funcionários que deveriam ser atendidas pelas empresas subcontratadas pelo consórcio para promover as obras. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção, Pavimentação e Obras de Terraplenagem do Ceará (Sintepav-CE), essas condições não foram adotadas e, portanto, a greve é legal.
Entre os pleitos dos funcionários que ainda não foram atendidos pelas empresas, segundo Gomes, estão, além de licenças remuneradas para retorno temporário para casa, a extensão do plano de saúde oferecido aos familiares e a equiparação de salários entre os funcionários de mesmo nível em diferentes empresas do consórcio. “Os contracheques provam que há muita diferença entre salários”, diz o presidente do sindicato.
Fonte: Portal IG
Entre os pleitos dos funcionários que ainda não foram atendidos pelas empresas, segundo Gomes, estão, além de licenças remuneradas para retorno temporário para casa, a extensão do plano de saúde oferecido aos familiares e a equiparação de salários entre os funcionários de mesmo nível em diferentes empresas do consórcio. “Os contracheques provam que há muita diferença entre salários”, diz o presidente do sindicato.
Fonte: Portal IG