segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nasce em Itaituba a “Aliança Tapajós Vivo”.

A ameaça de cinco grandes hidrelétricas na bacia do rio Tapajós já conta com a reação organizada de movimentos sociais da região Oeste do Pará. No último dia 18 de fevereiro ocorreu em Itaituba o Encontro para a criação da “Aliança Tapajós Vivo”.

Promovido pelo Movimento Tapajós Vivo de Itaituba e pela Frente em Defesa da Amazônia de Santarém, o evento contou com 25 organizações e entidades de Itaituba, Santarém, Aveiro e Jacareacanga, municípios da bacia do rio Tapajós. O evento contou ainda com representações do povo indígena munduruku.

Após a apresentação dos presentes, realizou-se a divulgação do plano do governo federal de construção de hidrelétricas na Amazônia e como isso se liga ao Plano IIRSA (Iniciativa de Interregional Sul Americana) que consisti na integração econômica da Amércia do Sul, do Atlântico ao Pacífico com rodovias, hidrovias, ferrovias, eletricidade e telecomunicações para benefícios dos grandes grupos econômicos.

Organizou-se uma estratégia de ação em defesa da bacia do rio Tapajós, encaminhando fazer novos eventos para a divulgação de uma cartilha informativa sobre os impactos das possíveis hidroelétricas na bacia do Tapajós (confecção de 10.000 cartilhas); promover sensibilização das várias comunidades, grupos e organizações com as quais cada participante tem contato; participação ativa no encontro das águas que reunirá em Itaituba em julho próximo, lutadores em defesa dos rios, Madeira, Xingu e Tapajós; realizar encontros nas comunidades e grupos de influência para sensibilizar outras pessoas sobre o plano do governo e suas conseqüências para as comunidades da região do Tapajós; criação de um banco de dados sobre a questão hidrelétricas na Amazônia, com detalhes sobre a bacia do Tapajós, com sede em Itaituba.

O presidente da associação indígena Munduruku, presente na pessoa do Sr. Martinho assegurou que em junho haverá um grande encontro de caciques Munduruku lá no Alto Tapajós para debater a questão das hidrelétricas.

Os presentes avaliaram que “...apesar de curto tempo de empenho, o grupo foi bastante atento e se aproveitou bem o tempo, deu para cumprir a pauta, no sentido que a construção da estratégia foram assumidos os princípios, definidas algumas metas e estabelecidas algumas atividades para este ano. O objetivo geral ficou assumido por todos que é empatar a construção de qualquer hidroelétrica na bacia do Tapajós, sem diálogo real com as comunidades e os movimentos sociais. E não se permitirá hidroelétricas como planeja a Eletronorte, por causa dos impactos negativos irreversíveis, às populações do entorno, às populações indígenas, ao meio ambiente, além de ferir as Unidades de Proteção Ambiental na região.”

*Com informações do Padre Edilberto Sena.

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