A Fundação Nacional do Índio (Funai) está propondo uma parceria com as empresas Energia Sustentável do Brasil e Santo Antonio Energia S/A, para aumentar a equipe da frente de Guaporé. A frente tenta localizar índios que não mantém contato com a sociedade no Complexo do Rio Madeira (RO). O contraditório é que, para obter o licenciamento das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, as empresas ignoraram a presença desses indígenas.
Mesmo sabendo da existência dos chamados índios isolados, a Funai deu parecer favorável à construção. O membro da Coordenação Geral de Índios Isolados da Funai, Elias Brígio, afirma que os impactos das obras a esses povos podem ser minimizados por meio de uma parceria.
“Estas duas empresas estão em processo de negociação com a Funai para a elaboração de um termo de compromisso e de um convênio para mitigar e compensar impactos que poderão causar aos povos isolados e aos outros povos já contactados em Rondônia.”
O coordenador do Conselho Indigianista Missionário (Cimi) de Rondônia, Frei Volmir Bavaresco, alerta que já existem sinais do deslocamento desses índios, que fogem dos impactos do empreendimento.
“A Funai nunca gostou de índios e a Funai é governo brasileiro. Quando o Lula fala que não é meia dúzia de peixes que vai segurar [a construção da] hidrelétrica, ele também diz isso das pessoas. Não é meia dúzia de índios e peixe que vai segurar a construção.”
Fonte: Radioagência NP
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