De acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados hoje (10), a degradação florestal da Amazônia foi de 562 km² em outubro. Em comparação com o mesmo mês de 2009, houve o aumento expressivo de 446%, quando a degradação somou 103 quilômetros quadrados.
O Imazon considera como florestas degradadas áreas florestais intensamente exploradas pela atividade madeireira ou por queimadas.
Segundo o Imazon, 59% da degradação aconteceu em Mato Grosso, seguido pelo Acre (17%), Rondônia (14%), Amazonas (5%) e Pará (4%). A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2010 a outubro de 2010 (três primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento) atingiu 2.617 quilômetros quadrados, um aumento de 244% na degradação florestal acumulada nesse período (agosto de 2010 a outubro de 2010) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Desmatamento
Com o monitoramento de apenas 60% da área florestal, já que o restante estava coberto por nuvens, a devastação da floresta no mês de outubro, segundo o SAD, foi de 153km². Se comparado ao mesmo mês do ano passado, a área desflorestada é 21% menor.
Como 56% do território do Pará não foi monitorado pela ocorrência de nuvens, o Estado campeão do desmatamento foi Rondônia, responsável por 34% da devastação detectada. Amazonas foi o segundo, com 30%, seguido por Mato Grosso (16%), Pará e Acre, com 10% cada um.
Considerando os três primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2010 a outubro de 2010), o Pará lidera o ranking com 34% do total desmatado no período. Em seguida aparece Mato Grosso com 24%, Amazonas com 16% e Rondônia com 16%. "Esses quatros estados foram responsáveis por 92% do desmatamento ocorrido na Amazônia Legal nesse período. O restante (8%) do desmatamento ocorreu no Acre, Roraima, e Tocantins", diz o Imazon.
Comparando o desmatamento ocorrido em agosto de 2010 a outubro de 2010 com o mesmo período do ano anterior (agosto de 2009 a outubro de 2009), houve uma redução de 22% no desmatamento na Amazônia Legal.
Emissão de CO²
O desmatamento detectado em outubro, 153 quilômetros quadrados, comprometeu 2,6 milhões de toneladas (com margem de erro de 385 mil toneladas) de carbono. Essa quantidade de carbono afetada resulta em 9,5 milhões de toneladas de CO equivalente. Essa quantidade é 20% menor do que a diagnosticada em outubro de 2009, quando o carbono florestal afetado foi de 3,2milhões de toneladas.
No período de agosto de 2010 a outubro de 2010, o carbono florestal comprometido pelo desmatamento foi de 8,6 milhões de toneladas (com margem de erro de 190 mil toneladas), o que representou cerca de 31,6 milhões de toneladas de CO equivalente.
Veja na íntegra o Boletim Transparência Florestal
Fonte: Amazonia.org.br com informações do Imazon.
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