segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Juventude e trabalhadores vão à luta na Itália e Inglaterra

Depois da Grécia, da Espanha, da França e de Portugal, é a vez dos trabalhadores e da juventude inglesa e italiana saírem às ruas contra medidas de ajuste dos governos europeus.

"Que nos devolvam o nosso futuro!”: este é o grito de raiva lançado pelas massas de estudantes, universitários, pesquisadores e professores que, neste dias, estão invadindo as ruas das cidades de toda a Itália. De hora em hora, o protesto difundi-se com rapidez, enquanto na Câmara se discute o projeto de lei de Gelmini [Ministra da Educação do governo Berlusconi], sobre a reforma universitária. Os protestos estão assumindo cada vez mais o aspecto de um verdadeiro choque frontal, estalando de norte a sul e pondo a dura prova o projeto do governo.

O ápice alcançado pela luta foi levada adiante por um numeroso grupo de estudantes que tentou penetrar no “Palazzo Madama”, sede do Senado da República.

A ação se desenvolveu depois de uma marcha pelas ruas de Roma, na qual participaram muitos docentes, pesquisadores, universitários e trabalhadores de todo a educação e da universidade pública. Durante o ato, que terminou em frente da Câmara, foram lançados ovos e pedras contra a sede da Conferência dos Reitores das universidades italianas e contra os policias.

Para Adriano Lolito do “Coletivo de Estudadantes de Ensino Secundário na luta contra os cortes” e do PdDAC (seção italiana da LIT_QI), “os choques de Roma são apenas a ponta do iceberg de um período de lutas que se abriu com inesperada determinação (na realidade, nós a esperávamos há muito tempo). Nestes dias, em Turim, está em curso a ocupação do Palazzo Nuovo, enquanto em Pisa numerosos estudantes universitários ocuparam as pontes do rio Arno, interrompendo o trânsito regular. Também se realizaram ocupações de coberturas por estudantes e professores em Perugia e Salerno, enquanto em Palermo se ocuparam dezesseis escolas de ensino superior, juntamente com outras faculdades universitárias.”

Na Inglaterra, no último dia 09, grandes e radicais protestos estudantis se enfrentaram com dura repressão da polícia britânica. Ao mesmo tempo, o Parlamento aprovou, por 323 votos a 302, a medida que permite aumentar em até três vezes as anuidades das universidades do país.
A fúria estudantil tomou conta dos arredores do Parlamento e de Palácios da realeza britânica. Até mesmo o príncipe Charles e sua esposa, Camilla, sentiram a toda a fúria dos ativistas. O carro do casal real foi cercado no momento em que se dirigia ao London Palladium. Um vidro do veículo foi quebrado pelos manifestantes. A realeza foi obrigada a ir ao teatro com um automóvel polícia.

A Oxford Street, famosa rua londrina, também sentiu a fúria. Várias janelas e portas dos bancos foram quebradas. Manifestantes conseguiram incendiar os bancos da praça que fica diante o Parlamento e também arrebentaram a porta do Ministério das Finanças e lutaram com a polícia no interior do prédio. Outros grupos fizeram pichações em paredes e atiraram blocos de concreto e pedaços de ferro para quebrar janelas. Vários analistas até comparam a radicalidade dos protestos as jornadas realizada pela juventude francesa no mês de outubro.

*Com informações da página do PSTU.


Confira abaixo algumas fotografias da última mobilização em Londres:




















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