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Carlos Drummond de Andrade
O tempo passa? Não passa no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima cada vez mais,
nos reduza um só verso e uma rima de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar
O meu tempo e o teu, amada, transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada, amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário é um nascer toda hora.
E nosso amor, que brotou do tempo,
não tem idade pois só quem ama escutou o apelo da eternidade.
Lá dentro, perdura a graça do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima cada vez mais,
nos reduza um só verso e uma rima de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar
O meu tempo e o teu, amada, transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada, amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário é um nascer toda hora.
E nosso amor, que brotou do tempo,
não tem idade pois só quem ama escutou o apelo da eternidade.
Fotografia: Pedro Matinelli