Depois de passar a madrugada na 5º DP (Gomes Freire), os 13 detidos nesta sexta-feira, 18, foram levados para presídios por volta das 8h de sábado. Os homens foram encaminhados ao presídio de Água Santa e as mulheres ao presídio de Bangu 8. O menor, de 16 anos, está detido no Instituto Padre Severino.
Os manifestantes foram enquadrados em vários artigos, e não terão direito a fiança. A principal acusação é de ter tentado "causar incêndio" no consulado dos Estados Unidos.
Na saída da delegacia, a maior parte dos presos levantaram o punho, um símbolo de resistência contra a opressão. Dezenas de militantes de várias organizações e ativistas puxaram palavras de apoio.
Os 13 manifestantes foram presos após um coquetel molotov ter sido lançado no ato em frente ao consulado. Destes, 10 são militantes do PSTU. Ainda na noite de sexta, o partido lançou um comunicado à imprensa, no qual reafirma o caráter pacífico da manifestação e que nenhum militante do partido organizou ou participou do ataque. "Os policiais sabem que quem foi preso não tem nada a ver com o que houve. Tem gente lá presa sem nenhuma prova, apenas porque levantou um sapato contra a bandeira dos Estados Unidos. É um absurdo", afirma Cyro Garcia, dirigente do partido no Rio de Janeiro. "Estão criminalizando os protestos e o partido. É um absurdo a polícia exibir cartazes políticos e bandeiras do partido como provas aos fotógrafos, como quem exibe armas," protesta.
Os advogados do PSTU entraram na Justiça com um pedido de libertação dos presos, já que não há provas contra eles. Também questionaram os artigos apontados pelo delegado, que torna o crime inafiançável.
Os advogados do PSTU entraram na Justiça com um pedido de libertação dos presos, já que não há provas contra eles. Também questionaram os artigos apontados pelo delegado, que torna o crime inafiançável.
O pedido foi negado. O juiz de plantão argumentou que a libertação dos 13 ativistas colocaria em risco a "ordem pública" durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
"O juiz alegou que, como a visita ainda não terminou, a liberdade poderia ameaçar o 'evento' e 'macular' a imagem do Brasil", conta Cyro Garcia. "É um argumento tão ridículo, que só mostra o quanto essa prisão é política. Parece haver uma ordem de só libertar o grupo depois que o Obama se for", conclui.
O pedido foi entregue acompanhado de uma comissão de parlamentares, formada pelo senador Lindberg Farias (PT), pelos deputados federais Chico Alencar (PSOL), Jean Wyllys (PSOL), Stepan Nercessian (PPS) e a deputada estadual Janira Rocha (PSOL). Lindberg foi recebido em nome da comissão, e argumentou pedindo a libertação do grupo. O juiz manteve-se irredutível, o que motivou os parlamentares a preparar uma nota pública, em defesa do livre direito de manifestação e contra as prisões, assinada ainda pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Confira Parlamentares divulgam nota
Assine a petição para a libertação dos presos CLIQUE AQUI PARA ASSINAR
O pedido foi entregue acompanhado de uma comissão de parlamentares, formada pelo senador Lindberg Farias (PT), pelos deputados federais Chico Alencar (PSOL), Jean Wyllys (PSOL), Stepan Nercessian (PPS) e a deputada estadual Janira Rocha (PSOL). Lindberg foi recebido em nome da comissão, e argumentou pedindo a libertação do grupo. O juiz manteve-se irredutível, o que motivou os parlamentares a preparar uma nota pública, em defesa do livre direito de manifestação e contra as prisões, assinada ainda pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Confira Parlamentares divulgam nota
Assine a petição para a libertação dos presos CLIQUE AQUI PARA ASSINAR