sexta-feira, 18 de março de 2011

Porto Velho: caos, tensão e preconceito

Milhares de trabalhadores que saíram dos canteiros de obras das hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, estão em Porto Velho.

Estima-se que pelo menos 20 mil operários tenham se deslocado até a capital do estado após dois dias de grandes protestos. Informações obtidas na imprensa local e por moradores da cidade via twitter, dão conta que escolas suspendaram aulas e o comércio está fechado.

Ginásios, ruas e até boates estão superlotados com operários. 

Algumas mensagens expressam medo e preconceito contra os operários.

Até o momento, não há notícia precisas sobre mortos na hidrelétrica. Notícias dão conta de pelo menos 3 seguraças e 4 motoristas de ônibus teria morrido no primeiro dia de conflito.

Mais informações em breve aqui no blog hoje e neste fim de semana e pelo twitter (@).


 
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Nidiane Latocheski disse...

olá, colega blogueiro!
Desde ontem venho acompanhando suas postagens com bastante interesse, principalmente, por morar no Pará. Infelizmente, as informações estão muito desencontradas internet à fora, não é? Pessoas que "plantam" falsas notícias..contradições. Difícil confiar.. mas aqui, tive a sensação de alta credibilidade..
abç

jader resende disse...

Tem sim, Nide.
Pode confiar é um importante blog.
Quem fala é só um seguidor diario.

Cirino Lobo dos Anjos disse...

Esse blogueiro jantava no último domingo(13/3), em um restaurante japonês, com o Padre Edilberto Sena e outros amigos, quando comentou a importância de a população que tende favoravelmente aos megaprojetos conhecer melhor a situação de conflitos em Rondônia.

Antes que as notícias sobre caos em Jirau estourassem em todo o país, esse blogueiro apontava a importância de os movimentos sociais que lutam contra os barramentos do Tapajós e do Xingu elucidarem a população sobre a falácia do "progresso e desenvolvimento" por vias dos megaprojetos do hidronegócio.

Informar criticamente a população a se afetada pelas pretensões hidrelétricas no Tapajós e no Xingu é uma eficiente tática de resistência, principalmente, se houverem -- como há -- exemplos tão próximos e transportáveis.

Parabéns ao blog e esperemos que os movimentos sociais aproveitem o material.

Cirino Lobo dos Anjos

Unknown disse...

Olá amigo blogueiro, gostei muito do que vi no Língua Ferina, e como não podia ser diferente acabei de adiciona-lo aos meu Blog "Notícias da Amazônia"
Link noticiadoamapa.blogspot.com

Vá lá conheça um pouco do meu trabalho, se você gostar me adiciona aqui também...

Ficarei muito grata!

Beijocas,

Shyley Saissem

Cirino Lobo dos Anjos disse...

De todas as informações desencontradas, uma das mais hilárias foi a nota da Folha de São Paulo, “Briga provoca incêndio em canteiro de obras da usina de Jirau” <>, onde tudo seria consequência de uma “briga entre funcionários”.

Mas, de longe, a mais fantástica e surreal divulgação sobre o assunto foram os dizeres do próprio consórcio: “a briga foi uma ‘manifestação isolada’ e um ‘ato de vandalismo’, e que não havia nem lideranças nem reivindicações por parte dos trabalhadores.”

Ora, 45 ônibus, refeitórios e metade dos alojamentos queimados, rodovia interditada, mobilização de contingentes da Força Nacional e da Policia Federal para assumir o controle dos canteiros de obra na hidrelétrica de Jirau... E ainda o consórcio tem coragem de dizer que é uma briga entre trabalhadores, “vandalismo” e “manifestação isolada”.

Cirino Lobo dos Anjos

Cândido Cunha disse...

Obrigado pela leitura, apoio e sugestão.É incrível como só agora a imprensa e a mídia em geral "descobriu" que existe uma grande obra, ou melhor duas grandes obras hidrelétricas, sendo contruídas em Rondônia, com milhares de trabalhadores superexplorados e precarizados. A desinformação é tanta que o "Estadão" chegou a dizer que a área ficava em Roraima!
Também há muita desinformação e boatos jogados na internet. Tenho acompanhdo o tema Jirau pelo twitter, e vejo que muita gente escrevendo coisas absurdas contra os operários e a favor da obra, quase como se uma coisa não existisse sem outra.
Por fim, a notícia aqui é divulgada também como esta intenção de tirar lições. O progresso faustíco propagado hoje para a Amazônia e que parecia inabalável ruiu, ainda que momentaneamente em Jirau."Todo que é sólido, se desmancha no ar..."