Marcelo Mota
Uma das maiores obras do mundo, a construção da hidrelétrica de Belo
Monte (PA), no Rio Xingu, já tem seguro. Com a entrada do
IRB-Brasil Re, está fechado o painel de resseguros, liderado pela Munich Re e
com 17 resseguradoras, ao todo. O seguro será liderado pelo grupo formado
por Banco do Brasil e Mapfre. O resseguro é
emitido pelo período da obra, prevista em mais de nove anos, e cobre os R$ 19,9
bilhões orçados para a construção.
"A apólice cobre da engenharia até a entrega da última
máquina", diz Rodrigo Protásio, vice-presidente da JLT Re, corretora que
estruturou o painel para Belo Monte. Segundo ele, a Mapfre ficou com 30%
do risco e o pool já conta com ACE, SulAmérica, Austral, Fator e Fairfax.
O seguro cobrirá ainda 24 meses de manutenção, depois do início da
operação. Se atrasar há uma indenização prevista contra perdas
financeiras. Estão cobertos também os riscos de engenharia, instalação e
montagem, operacional, interrupção de negócios e responsabilidade civil.
São R$ 197 milhões de prêmios.
Para o risco de responsabilidade civil, há mais R$ 2,5 milhões em
prêmios para as seguradoras ACE, Mapfre, QBE e Kiln, que garantem R$ 100
milhões, incluindo cobertura ambiental.
Dos prêmios, R$ 40 milhões ficam com a Munich Re, que detém 25% do
risco. O IRB tomou 22% do risco, mas a JLT busca uma resseguradora para
repassar parte desse risco no exterior. Com essa estrutura 41,60% do risco
ficou com resseguradores locais, atendendo às novas exigências para o setor no
Brasil.
Fonte: Valor Econômico