Na última quarta-feira (13) o Comando Nacional de Greve reuniu para avaliar o resultado da rodada de assembleias de base que apreciou o indicativo de suspensão da greve dos técnicos administrativos das IFES. A resposta da categoria à traição do governismo foi incisiva, cerca de 60% das entidades de base deliberaram pela manutenção e fortalecimento da Greve. Esse resultado pressionou o CNG a reavaliar a decisão e votar pela continuidade do movimento.
O governo pretende protelar ao máximo a definição de qualquer proposta esperando que passem os prazos da legislação orçamentária. Dilma encontra-se com uma limitação financeira decorrente de sua política econômica, de manutenção e ampliação do superávit primário para atender os interesses do mercado financeiro. O governo diz não haver possibilidade orçamentária nem para destinar os 38 bilhões investidos em 3 anos do governo Lula, enquanto gasta anualmente 635 bilhões para remunerar o capital através dos juros da dívida pública, deixando nítidas suas prioridades.
Os técnicos administrativos da UFPA, UFRA e UFOPA realizaram suas assembleias e já haviam decidido pela manutenção da greve. O objetivo da categoria dos técnicos administrativos das IFES é fortalecer a greve para seguir pressionando o governo federal. A expectativa é que a partir de agosto os demais setores do serviço público federal também entrem em greve, conforme tem sido indicado pelas entidades nacionais: Condsef, Sinasefe, Andes. Além disso, o Fórum Nacional de Entidades já está organizando uma jornada nacional de luta para agosto, que deverá reunir um amplo setor do movimento sindical, estudantil, popular e de combate às opressões.
Fonte: FASUBRA