Cerca de três mil pessoas se reuniram no último dia 25 de junho na comunidade Canãa, vicinal 185 Sul (estrada Transiriri), em Uruará, com a Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki para tratar da situação da demarcação da reserva indígena Cachoeira Seca. A presença da secretária se deu a partir da mobilização de agricultores contra a demarcação da área. O protesto já durava uma semana.
Da reunião participaram colonos e representantes de entidades, autoridades de vários municípios e moradores de 15 vicinais localizadas na parte sul da Transamazônica, área onde deverá ser homologada a terra indígena.
Durante a presença da secretaria, o Deputado José Geraldo (PT) disse que todos estavam ali para “reivindicar do ministro da Justiça e da Presidência da República” a suspensão da demarcação da terra indígena. Aproveitou ainda para prometer (de novo), o asfaltamento da Transamazônica.
“Vou dizer uma coisa para vocês e aqui eu garanto. Nenhum cidadão, nenhuma cidadã, nenhum agricultor, nenhum agricultor vai sair desta terra. Nenhum. No meu governo, no governo do Presidente Lula e Dilma, que também é do Lula, não faz este tipo de coisa”, disse em meio a aplausos o deputado.
Da reunião participaram colonos e representantes de entidades, autoridades de vários municípios e moradores de 15 vicinais localizadas na parte sul da Transamazônica, área onde deverá ser homologada a terra indígena.
A demarcação da Terra Indígena Cachoeira Seca, na região da Transamazônica, é uma das condicionantes da hidrelétrica de Belo Monte. A demarcação do território é uma etapa que antecede a sua homologação. O território abrange partes dos municípios de Placas, Uruará, Rurópolis e Altamira.
Os Araras que ocupam esta região foram contatados a primeira vez 1986. Seu território foi alvo da invasão de madeireiras e de assentamentos de colonos promovidos pelo Incra em área interditada pela Funai para o contato, o que quase resultou no extermínio do grupo.
A área inicialmente prevista para a Terra Indígena teve seu perímetro alterado durante os estudos para delimitação. Numa área excluída, há predomínio de grandes fazendas. Uma nova área acabou se sobrepondo a outra região com grande predomínio de camponeses, com pelo menos quatro assentamentos do Incra.
“Vou dizer uma coisa para vocês e aqui eu garanto. Nenhum cidadão, nenhuma cidadã, nenhum agricultor, nenhum agricultor vai sair desta terra. Nenhum. No meu governo, no governo do Presidente Lula e Dilma, que também é do Lula, não faz este tipo de coisa”, disse em meio a aplausos o deputado.
Veja o vídeo
A secretária Regina Miki salientou querer pactuar alguns passos referentes à demarcação com os moradores da área da linha vermelha. Entre os pactos está a continuação da demarcação da terra para um levantamento fundiário e topográfico.
Além disso, está sendo feito um levantamento de quantos moradores vivem na área. “Iremos demarcar para fazer um levantamento e saber quantas famílias, quantas localidades existem na área. Além disso, iremos fazer uma mesa de negociação entre o ministro da Justiça e os representantes que estiveram em Brasília para que daqui para frente possamos pactuar em conjunto. Vocês não serão retirados daqui desta área de imediato coisa nenhuma e oxalá cheguemos a um bom termo de que ninguém seja retirado daqui.”
O prefeito de Uruará, Eraldo Pimenta, ressaltou que existem “apenas” 81 índios para ocupar um área de 734 mil hectares de terras. Em compensação, são mais de mil famílias de agricultores que estão na área há cerca de 40 anos e que convivem pacificamente com os índios da etnia Arara.
Após a reunião com a secretária, os acampados que haviam passado uma semana a 20 metros do alojamento da Funai e dos policiais se retiraram do local. Eles esperam agora o prazo de 60 dias dado pela ministra, para apresentar o resultado do diagnóstico e as novas providências que serão tomadas.
Além disso, está sendo feito um levantamento de quantos moradores vivem na área. “Iremos demarcar para fazer um levantamento e saber quantas famílias, quantas localidades existem na área. Além disso, iremos fazer uma mesa de negociação entre o ministro da Justiça e os representantes que estiveram em Brasília para que daqui para frente possamos pactuar em conjunto. Vocês não serão retirados daqui desta área de imediato coisa nenhuma e oxalá cheguemos a um bom termo de que ninguém seja retirado daqui.”
O prefeito de Uruará, Eraldo Pimenta, ressaltou que existem “apenas” 81 índios para ocupar um área de 734 mil hectares de terras. Em compensação, são mais de mil famílias de agricultores que estão na área há cerca de 40 anos e que convivem pacificamente com os índios da etnia Arara.
Após a reunião com a secretária, os acampados que haviam passado uma semana a 20 metros do alojamento da Funai e dos policiais se retiraram do local. Eles esperam agora o prazo de 60 dias dado pela ministra, para apresentar o resultado do diagnóstico e as novas providências que serão tomadas.
*Com algumas informações do Diário do Pará.