segunda-feira, 14 de julho de 2008

Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira: não passará!

Vinte militantes da Via Campesina, MST e MAB e outros movimentos e grupos que iam para um encontro na cidade de Ouro Preto D'Oeste, em Rondônia, morreram em um acidente na estrada envolvendo o ônibus e uma carreta na tarde do dia 11 de julho. A luta em Rondônia contra o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira segue! Sentimos muito a perda dos/as companheiros/as nesta fatalidade e nos solidarizamos com seus familiares e amigos/as.

A construção das barragens de Santo Antônio e Jirau, integrantes do Complexo, que vai alagar 50 mil hectares de floresta, vai retirar aproximadamente 5 mil famílias que vivem e garantem sua sobrevivência das margens do rio e causar um grande impacto ambiental. Esta retirada está prevista até o dia 30 de agosto. As hidrelétricas vão também modificar toda a região, causando inchaços e aumento do desemprego nas cidades e alterando a dinâmica do Rio Madeira, afetando todos/as aqueles/as que vivem na região.

As multinacionais que estão a frente da construção das hidrelétricas na região amazônica (Companhia Vale do Rio Doce, Banco Bradesco, Banco Santander, Odebrecht, Votorantim, entre outras) vão, dessa maneira, controlar os recursos energéticos mais baratos e, assim, poder utilizar sua energia na extração de minérios, produção de alumínio, do aço e na produção de papel e celulose que são indústrias que não geram empregos, precisam de grandes subsídios do governo e causam grande impacto ambiental nas regiões que se instalam. A região amazônica se torna estratégica neste sentido já que concentra tanto um grande potencial de produção de energia e de extração de minérios.



Fonte: CMI
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