Passados treze anos do assassinato de 11 camponeses (entre eles, uma menina de 9 anos) na fazenda Santa Elina, em Corumbiara, a promessa de assentamentos de famílias está somente nesta esfera.
Há uma semana, cerca de setenta policiais militares de Rondônia despejaram com violência cerca de 100 famílias que ocupavam o imóvel onde ocorreu o massacre de Corumbiara, em nove de agosto de 1995. No despejo, todos os barracos e pertences dos acampados foram queimados.
No dia 20, dois dias antes da operação, dez agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal desceram de helicóptero perto do acampamento e disseram aos acampados que poderiam “ficar sossegados”. Ao tranqüilizarem as famílias, garantiram que não haveria despejo.
“A maior parte de nós acampados é sobrevivente do massacre e desde que ocupamos a Santa Elina houve várias tentativas de nos enrolar e desmobilizar nosso acampamento, principalmente pelo Incra e o ouvidor agrário, sr. Gercino”, lamenta o Comitê de Defesa das Vítimas de Santa Elina (Codevise).
O comitê lembra que 13 anos de promessas não-cumpridas se passaram, até mesmo com a promessa do então candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de que, se fosse eleito, “cortaria a Santa Elina e indenizaria as vítimas do massacre”.
Fonte: Agência Amazônia.
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