terça-feira, 4 de maio de 2010

Boraris: indígena é agredido na região do rio Arapiuns

O indígena Adenilson Sousa da etnia borari foi agredido no último domingo, 2 de maio, na gleba Arapiuns, em Santarém. Poró, como é conhecido, foi espancado por quinze ou mais pessoas na comunidade de Curi.

Poró estava se retirando de uma festa quando foi cercado pelos agressores que sem qualquer explicação passaram a aplicar socos e pontapés. O indígena teve que ser conduzido para a cidade de Santarém para tratamento médico, onde também prestou queixa na Polícia Federal.

Poró é irmão de Odair Borari, o Dadá, cacique da aldeia Maró que fora também espancado e ameaçado várias vezes e atualmente faz parte do Programa Estadual de Proteção de Defensores dos Direitos Humanos. As lideranças indígenas lutam pelo reconhecimento territorial e denuncia os crimes ambientais recorrentes naquela região, especialmente a extração de madeira.

Retaliações
A escalada de violência contra os boraris não começou com esse episódio. A região da Gleba Nova Olinda é palco de conflitos entre indígenas, comunitários, madeireiras e grileiros.

Em outubro de 2009, ocorreu uma manifestação de centenas de comunitários, ribeirinhos e indígenas indignados com a indefinição fundiária e a impunidade dos crimes ambientais praticados na gleba.

Os manifestantes apreenderam balsas carregadas com madeiras e exigiram a presença dos órgãos ambientais e fundiários na área para ouvir suas reivindicações e propor ações concretas. A ausência de uma atuação estatal rápida e efetiva na investigação das denúncias e na resolução das causas do conflito provocou a queima de grande quantidade de madeira tida como ilegal.

Ainda neste último fim de semana, dois carros estranhos foram vistos rondando o CITA (Conselho Indígena Tapajós Arapiuns), entidade que congrega os povos indígenas do Baixo Amazonas.


*Com informações da "Terra de Direitos"
Comentários
5 Comentários

5 comentários:

Anônimo disse...

Porque nao divulgam que quem atacou ele foram indios tambem.
Muito estranho nao acham, indios atacando indios.
Existem muitas testemunhas, basta ouvi-las e indicia-las para investigacao

Anônimo disse...

Ué, mas os madeireiros e grileiros não vivem dizendo que lá não tem índio? No tô tendendo mais nada...

Anônimo disse...

OS INDIOS QUE AGREDIRAM O SUPOSTO INDIO PORO, SAO INDIOS DE VERDADE, JA RECONHECIDOS PELA FUNAI DA COMUNIDADE KAMARA QUE NEM FICA DENTRO DA GLEBA NOVA OLINDA. POR SINAL NEM A COMUNIDADE CURI FICA DENTRO DA GLEBA NOVA OLINDA, NAO ENTENDO PORQUE TANTA LIGACAO DE UM CASO AO OUTRO. E INCRIVEL COMO QUEREM CONFUSAO!
OS BORARIS FORAM EXTINTOS A MAIS DE 200 ANOS, NA GLEBA NOVA OLINDA NUNCA EXISTIU INDIOS, APARECERAM NOS ULTIMOS 3 ANOS POR LA COM ESTA INVENSAO. BASTA IR LA E CONVERSAR COM QUALQUER MORADOR QUE FAZ PARTE DAS 11 DAS 14 COMUNIDADES QUE LA EXISTEM E PERGUNTEM SE LA EXISTE INDIO, E TAO FACIL SABER DAS COISAS, MAS PARA ISSO TEM QUE IR LA E VIVER O DIA A DIA DAQUELAS COMUNIDADES QUE LA VIVEM E PRODUZEM A ANOS SUA AGRICULTURA FAMILIAR E HJ TEMEM PERDER TUDO PELA CRIACAO DE UMA RESERVA INDIGENA QUE APARECEU DO NADA

Everaldo Lima disse...

Verdade!!! Esta farsa dos índios da Gleba Nova Olinda esta estampada na edição da VEJA de 05-05-2010. Uma vergonha para o estado do Para, uma vergonha para o Brasil!

Anônimo disse...

Organizações Não Governamentais (ONGs) indigenistas estão, mais uma vez, mentindo sobre fatos ocorridos na Gleba Nova Olinda, região onde um grupo de ribeirinhos começou a se passar por índios e a reivindicar a criação de uma mega reserva indígena. Um irmão do pseudo líder da tribo que nunca existiu foi agredido em uma festa após uma bebedeira, mas ONGs informaram que ele foi agredida a mando de empresários que desenvolvem atividades florestais em áreas particulares na gleba.
A situação foi esclarecida pelos próprios moradores da comunidade Curi, localizada na Região do Lago Grande, próxima ao município de Santarém. Eles disseram que Adenílson Alves de Sousa, popularmente conhecido como Poró, foi agredido na estrada que liga Curi à comunidade indígena Kamara, e não dentro da comunidade, como está sendo veiculado na imprensa.
A agressão ocorreu na semana passada. José Edivaldo Pereira Pires, presidente da associação dos moradores da Curi, conta que eles deram uma festa na comunidade e Poró chegou por volta de quatro horas da tarde. A festa terminou uma e meia da manhã e o agredido foi visto saindo sozinho. Pouco depois, ocorreu a agressão ainda na estrada, por um grupo de, aproximadamente, quinze homens. "O que dizem é que ele foi atacado enquanto dormia, no meio da estrada", relata Zé Mingau. O líder comunitário revela ainda que os agressores eram conhecidos da vítima. "Eles eram amigos, mas tiveram uma rixa por causa de mulher. Quando eles viram o Poró dormindo na estrada, não contaram conversa e bateram nele", explica.
Além disso, moradores da região contam que já existia uma divergência entre Poró e integrantes das comunidades Pascoval e Kamará, motivada, principalmente, por brigas em campeonatos de futebol realizados na gleba Nova Olinda. Segundo os relatos, Poró, resguardado por companheiros, agredia os moradores das duas comunidades durante os jogos. Como eles estavam fora de suas terras e em menor número, não revidavam. Mas na primeira oportunidade que Poró saiu de Nova Olinda e foi para o outro lado do rio, onde se localiza a Resex do Lago Grande, os moradores daquelas comunidades aproveitaram para se vingar dos desentendimentos do passado.

Os comunitários lembram que um dos agressores liderou um protesto contra as madeireiras de Nova Olinda, ao lado de Poró, realizado em outubro do ano passado e que culminou com o incêndio de balsas e madeiras comprovadamente legais dos empresários. Poró e seu irmão, Odair José Alves de Souza, o Dadá, lideram uma tentativa de demarcação de terra indígena na região. Para isso, autodeclararam-se índios ressurgidos da etnia borari e pedem o reconhecimento da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Recentemente, a ong Terra de Direitos publicou uma reportagem em seu site atribuindo a agressão aos empresários madeireiros de Nova Olinda. A acusação foi desmentida pelos próprios moradores da região, que afirmam que Poró foi agredido por comunitários, entre eles, índios reconhecidos da etnia Kamará. Além disso, a reportagem também se equivocou na localização geográfica do episódio, pois a agressão ocorreu na Região do Lago Grande e não em Nova Olinda, como foi veiculado.